PENSATAS
E BESTEIRÓIS
Ao
ver um número cada vez maior de mulheres nos principais postos de
comando do país, não tenho mais dúvidas: ingressamos numa
vaginocracia.
Com o
gay power agora na moda, andei pensando nas seguintes leis:
– O
quadrado do arrombamento é a soma do quadrado dos cacetes;
– Todo
rombo é diretamente proporcional ao diâmetro do objeto que lhe é
introduzido;
– A
toda introdução corresponde um gemido igual e contrário.
Por
falar nisto, veja o drama surreal passado por um gay:
LAMENTO
DE UM GAY
Na
cama, me jo-gay
Aquilo,
pe-gay
Depois,
afa-gay
Pequeno!
Jul-gay
Então,
su-gay
Logo,
alon-gay
Com
prazer, subju-gay
Movimentos?
Conju-gay
Mas,
infelizmente, me ca-gay
Então,
poster-gay
Muito
puto, me dro-gay.
Enrubescendo
com certas palavras? Então, veja isto:
O
palavrão – Atualmente liberado em todas as mídias, já não é
tão contundente. É questão de nomenclatura ou antiguidade.
Há
palavras ditas cultas que deveriam ser o palavrão e não a outra,
mais popular. Exemplo? Nádegas é muito mais palavrão do que bunda
(os mais, digamos, delicados falam o ultrapassado “bumbum”). No
fim, é tudo a mesma m..., digo, coisa.
E as
frases de duplo sentido? Ensejam respostas inusitadas. Veja, a
seguir:
- Queres ketchup?
- Não, só que me beijes.
- Chuva pau, hein?
- Sim, mas só com camisinha.
- Você gosta de Picasso?
- Não, só das menores.
- O problema é a mulher que se disputa.
- Se ela diz é porque é mesmo.
- Você comprou computador?
- Não, quando comprei não estava sentindo dor alguma.
- Você tem dado em casa, para jogar?
- Não, eu dou sem jogar mesmo.
- Já foi a Curitiba?
- De quem?
- Vocês comem cuscuz?
- Não, só comemos com as bocas.
- Merci beaucoup!
- Isso eu não dou.
- Não sei se vou a Boston ou Chicago.
- Como você é brasileiro, é melhor ir à merda.
- Se a briga continuar, vou acudir um.
- No meu, não.
- Viu o boom da Bolsa?
- Aposto que não é maior do que o da Jennifer Lopez.
- Gostaria de andar na piroga do índio?
- Não sei. É grande?
Pois
é. Tudo depende do contexto.
Políticos
corruptos não mancham suas biografias. Mancham a dos idiotas que os
elegeram, que ficam com remorso pelo resto da vida.
Com
políticos utilizando funcionários do Senado como mordomos em suas
casas, acaba de ser implantada no Brasil, patrocinada pelo povo
brasileiro, a Mordomia Lato Sensu.
(Publicada
no Globo de 23 de junho de 2009)
De
tanto ver triunfar as maracutaias; de tanto ver prosperar o
enriquecimento ilícito; de tanto ver crescer o nepotismo; de tanto
ver agigantarem-se os gastos com passagens aéreas, não tenho mais
dúvidas: estamos numa cleptocracia.
(Publicada
no Globo de 8 de julho de 2009 e citada no Perú Molhado, de Cabo
Frio)
Certa
vez, no Jornal Nacional, da Globo, um dirigente
cocoroca afirmou que “não-sei-o-quê não tem
nenhum
caso a ver com não-sei-o-que-lá. Ora, se “não tem nenhum” é
porque tem algum. Mais uma expressão dúbia de pessoas que, não sei
como, estão no poder. O certo seria ele dizer “não tem caso
algum”.
Será que disse de propósito, ou é ignorância mesmo? Dúvida
cruel...
-Políticos
que não foram reeleitos vão deixar a vida pública e entrar na
privada. Naturalmente, nada vai mudar. Vão continuar fazendo a mesma
coisa de antes... aquela substância amarronzada, meio mole, meio
dura, e de nauseabundo cheiro, expelida por orifícios pregueados.
-Após
a reunião de chefetes e caudilhos da América Latrina, digo, Latina,
no Rio, a agitação no aeroporto era incomum. Um popular perguntou a
outro popular o que era aquilo. Este, distraído, respondeu:
– Foi
o pessoal da CÚPULA QUE PARTIU!
(Qualquer
semelhança com expressões parecidas, pessoas vivas, mortas ou mais
ou menos é mera coincidência).
-No
Globo de 24 de janeiro de 2007: “Mais um condenado por crime
hediondo sai da prisão para ver a família e não volta”.
Prossegue O Globo: “Benefício foi concedido pelo juiz auxiliar
da Vara de Execuções Penais”. O caso é que o cara estava
condenado a 46 anos de prisão. Aí, fica a pergunta que não quer
calar: esse juiz é “auxiliar” de quem? Da Justiça ou dos
bandidos? E a Vara? Deveria mudar o nome para “Vara de Liberações
Penais”, dada a facilidade com que concede liberdade a apenados.
Não é muita ingenuidade achar que um sujeito condenado a mais de 40
anos de prisão vá voltar para a cadeia, depois de sentir o gostinho
da liberdade? Vários já não voltaram. E a culpa disso tudo é do
STF, que concedeu progressão de pena, desde fevereiro do ano
passado, a condenados por crimes hediondos. Direitos “dos manos”.
A coisa está cômica, para não dizer trágica. Já deve servir de
piada em Portugal: – “Sabes a última do brasileiro?”. Pois é.
-No
Globo de 02/02/2007, página 2, coluna “Autocrítica”, está:
“...Crítica: erros no uso da preposição
e na concordância. Certo: No apartamento, por volta de 7h30m de
ontem...”.
O
douto jornalista que assina a coluna dá como certo “7h30m”,
prática comum do Globo de escrever horas e minutos. Do jeito que
está, lê-se: 7 horas e 30 metros, uma medida incongruente. O
símbolo de minuto é min, e a expressão correta é 7h30min (o
Estadão suprime o “min” e grafa 7h30. Se há segundos, grafa
7h30min10s, por exemplo). Aliás, o prof. Pasquale Cipro Neto já
abordou este tema, na saudosa coluna que mantinha no caderno de
domingo do próprio Globo. Mais abaixo, na “Autocrítica”,
persiste o erro, em: “...Certo:
...e registrou 1m12s682 na mais rápida...”,
ou seja, 1 metro, 12 segundos... A grafia do Globo contraria tudo o
que aprendemos no curso primário!
-Triste
comprovação: se for instituído o programa “Cangalha Zero”, não
haverá cangalha para todos. O curral (eleitoral?) já está entupido
de cavalgaduras. Não confunda “Cangalha Zero” com “Canalha
Zero”. Este último jamais será implantado aqui, por razões
óbvias.
-No
Brasil atual, a pena máxima para crimes hediondos é de cinco anos.
Explica-se: o sujeito pode ser condenado, por exemplo, a 400 anos de
prisão, mas a lei diz que ninguém poderá cumprir pena superior a
30 anos. Se não matar alguém, nem sacanear os guardas e/ou o
diretor do presídio, será considerado preso de bom comportamento,
fará jus (jus?) à regressão da pena e poderá ficar em regime
semiaberto, após cumprir 1/6 dos 30 anos, de acordo com as novas
regras boazinhas
do judiciário. Coisa de pai para filho. E as mamãezinhas dos juízes
que inventaram isso? Será que estão bem?
-Incrível!
A Câmara dos Deputados tem “Comissão Permanente” de crime
organizado! É o que se pode depreender da notícia veiculada no
Globo de 20/02/2007, p. 8: “A
deputada federal (...)
titular da 'Comissão
Permanente de Segurança Pública e Crime Organizado da Câmara dos
Deputados', fará
parte...”. Agora, estão
explicados os 'mensalões', “Petrolões” e outras maracutaias
cujos integrantes nunca são punidos. A tal comissão deveria ser de
Repressão
ao crime organizado no
Brasil...
-Em
certa ocasião, o presidente do BID, deslumbrado com o desfile das
escolas de samba, disse: “Um
país com esta criatividade tem tudo para crescer a taxas maiores”.
Pronto, está resolvido o problema da nomeação dos novos ministros
da Dilma: é só convocar os carnavalescos responsáveis pelo
desfile. Pra frente, Brasiiiiiiiiiiil!
-O
Brasil – quem poderia imaginar! – é signatário de uma convenção
da ONU onde renuncia
ao direito de fabricar supercomputadores. Decisão foi tomada no ano
2000. Imagine se o Brasil tivesse supercomputadores. Poderia fabricar
e pôr em órbita satélites poderosos, dominar a energia nuclear
etc. Mas isto iria ameaçar os donos do mundo e nossos eternos
senhores. A independência ainda não chegou aqui. Desde a
“independência” de mentirinha de 1822, onde o país já começou
assumindo a dívida que Portugal tinha com os banqueiros ingleses,
nunca fomos, na completa acepção da palavra, “independentes”. A
primeira coisa que o presidente faz, logo após a posse, é ir tomar
a bênção dos que verdadeiramente mandam. Se não for lá (casos de
segundo mandato), ele (s) vem (vêm) aqui, para colocar a coisa nos
eixos. E a vida vai seguindo, com a corrupção costumeira. Ou: a
corrupção vai seguindo, com a vida costumeira.
-No
filme O jardineiro fiel,
podemos ver a ação de uma multinacional de remédios
norte-americana atuando em países pobres da África, para fazer
experimentos de uma nova droga que tinha interesse em lançar, antes
que seus concorrentes o fizessem. As centenas de mortes decorrentes
da ação foram ignoradas. Corpos eram enterrados sem registro, para
não influir nas estatísticas. Igualzinho ao que ainda acontece em
determinado país da América do Sul. Adivinhe qual é...
Pior
é impossível.
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