terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

PENSATAS E BESTEIRÓIS

PENSATAS E BESTEIRÓIS

Ao ver um número cada vez maior de mulheres nos principais postos de comando do país, não tenho mais dúvidas: ingressamos numa vaginocracia.

Com o gay power agora na moda, andei pensando nas seguintes leis:
    O quadrado do arrombamento é a soma do quadrado dos cacetes;
    Todo rombo é diretamente proporcional ao diâmetro do objeto que lhe é introduzido;
    A toda introdução corresponde um gemido igual e contrário.
Por falar nisto, veja o drama surreal passado por um gay:
LAMENTO DE UM GAY
Na cama, me jo-gay
Aquilo, pe-gay
Depois, afa-gay
Pequeno! Jul-gay
Então, su-gay
Logo, alon-gay
Com prazer, subju-gay
Movimentos? Conju-gay
Mas, infelizmente, me ca-gay
Então, poster-gay
Muito puto, me dro-gay.

Enrubescendo com certas palavras? Então, veja isto:
O palavrão – Atualmente liberado em todas as mídias, já não é tão contundente. É questão de nomenclatura ou antiguidade.
Há palavras ditas cultas que deveriam ser o palavrão e não a outra, mais popular. Exemplo? Nádegas é muito mais palavrão do que bunda (os mais, digamos, delicados falam o ultrapassado “bumbum”). No fim, é tudo a mesma m..., digo, coisa.

E as frases de duplo sentido? Ensejam respostas inusitadas. Veja, a seguir:
  • Queres ketchup?
  • Não, só que me beijes.

  • Chuva pau, hein?
  • Sim, mas só com camisinha.

  • Você gosta de Picasso?
  • Não, só das menores.

  • O problema é a mulher que se disputa.
  • Se ela diz é porque é mesmo.

  • Você comprou computador?
  • Não, quando comprei não estava sentindo dor alguma.

  • Você tem dado em casa, para jogar?
  • Não, eu dou sem jogar mesmo.

  • Já foi a Curitiba?
  • De quem?

  • Vocês comem cuscuz?
  • Não, só comemos com as bocas.

  • Merci beaucoup!
  • Isso eu não dou.

  • Não sei se vou a Boston ou Chicago.
  • Como você é brasileiro, é melhor ir à merda.

  • Se a briga continuar, vou acudir um.
  • No meu, não.

  • Viu o boom da Bolsa?
  • Aposto que não é maior do que o da Jennifer Lopez.

  • Gostaria de andar na piroga do índio?
  • Não sei. É grande?

Pois é. Tudo depende do contexto.

Políticos corruptos não mancham suas biografias. Mancham a dos idiotas que os elegeram, que ficam com remorso pelo resto da vida.

Com políticos utilizando funcionários do Senado como mordomos em suas casas, acaba de ser implantada no Brasil, patrocinada pelo povo brasileiro, a Mordomia Lato Sensu.
(Publicada no Globo de 23 de junho de 2009)

De tanto ver triunfar as maracutaias; de tanto ver prosperar o enriquecimento ilícito; de tanto ver crescer o nepotismo; de tanto ver agigantarem-se os gastos com passagens aéreas, não tenho mais dúvidas: estamos numa cleptocracia.
(Publicada no Globo de 8 de julho de 2009 e citada no Perú Molhado, de Cabo Frio)

Certa vez, no Jornal Nacional, da Globo, um dirigente cocoroca afirmou que “não-sei-o-quê não tem nenhum caso a ver com não-sei-o-que-lá. Ora, se “não tem nenhum” é porque tem algum. Mais uma expressão dúbia de pessoas que, não sei como, estão no poder. O certo seria ele dizer “não tem caso algum”. Será que disse de propósito, ou é ignorância mesmo? Dúvida cruel...

-Políticos que não foram reeleitos vão deixar a vida pública e entrar na privada. Naturalmente, nada vai mudar. Vão continuar fazendo a mesma coisa de antes... aquela substância amarronzada, meio mole, meio dura, e de nauseabundo cheiro, expelida por orifícios pregueados.

-Após a reunião de chefetes e caudilhos da América Latrina, digo, Latina, no Rio, a agitação no aeroporto era incomum. Um popular perguntou a outro popular o que era aquilo. Este, distraído, respondeu:
Foi o pessoal da CÚPULA QUE PARTIU!
(Qualquer semelhança com expressões parecidas, pessoas vivas, mortas ou mais ou menos é mera coincidência).

-No Globo de 24 de janeiro de 2007: “Mais um condenado por crime hediondo sai da prisão para ver a família e não volta”. Prossegue O Globo: “Benefício foi concedido pelo juiz auxiliar da Vara de Execuções Penais”. O caso é que o cara estava condenado a 46 anos de prisão. Aí, fica a pergunta que não quer calar: esse juiz é “auxiliar” de quem? Da Justiça ou dos bandidos? E a Vara? Deveria mudar o nome para “Vara de Liberações Penais”, dada a facilidade com que concede liberdade a apenados. Não é muita ingenuidade achar que um sujeito condenado a mais de 40 anos de prisão vá voltar para a cadeia, depois de sentir o gostinho da liberdade? Vários já não voltaram. E a culpa disso tudo é do STF, que concedeu progressão de pena, desde fevereiro do ano passado, a condenados por crimes hediondos. Direitos “dos manos”. A coisa está cômica, para não dizer trágica. Já deve servir de piada em Portugal: – “Sabes a última do brasileiro?”. Pois é.

-No Globo de 02/02/2007, página 2, coluna “Autocrítica”, está: “...Crítica: erros no uso da preposição e na concordância. Certo: No apartamento, por volta de 7h30m de ontem...”.
O douto jornalista que assina a coluna dá como certo “7h30m”, prática comum do Globo de escrever horas e minutos. Do jeito que está, lê-se: 7 horas e 30 metros, uma medida incongruente. O símbolo de minuto é min, e a expressão correta é 7h30min (o Estadão suprime o “min” e grafa 7h30. Se há segundos, grafa 7h30min10s, por exemplo). Aliás, o prof. Pasquale Cipro Neto já abordou este tema, na saudosa coluna que mantinha no caderno de domingo do próprio Globo. Mais abaixo, na “Autocrítica”, persiste o erro, em: “...Certo: ...e registrou 1m12s682 na mais rápida...”, ou seja, 1 metro, 12 segundos... A grafia do Globo contraria tudo o que aprendemos no curso primário!

-Triste comprovação: se for instituído o programa “Cangalha Zero”, não haverá cangalha para todos. O curral (eleitoral?) já está entupido de cavalgaduras. Não confunda “Cangalha Zero” com “Canalha Zero”. Este último jamais será implantado aqui, por razões óbvias.

-No Brasil atual, a pena máxima para crimes hediondos é de cinco anos. Explica-se: o sujeito pode ser condenado, por exemplo, a 400 anos de prisão, mas a lei diz que ninguém poderá cumprir pena superior a 30 anos. Se não matar alguém, nem sacanear os guardas e/ou o diretor do presídio, será considerado preso de bom comportamento, fará jus (jus?) à regressão da pena e poderá ficar em regime semiaberto, após cumprir 1/6 dos 30 anos, de acordo com as novas regras boazinhas do judiciário. Coisa de pai para filho. E as mamãezinhas dos juízes que inventaram isso? Será que estão bem?

-Incrível! A Câmara dos Deputados tem “Comissão Permanente” de crime organizado! É o que se pode depreender da notícia veiculada no Globo de 20/02/2007, p. 8: “A deputada federal (...) titular da 'Comissão Permanente de Segurança Pública e Crime Organizado da Câmara dos Deputados', fará parte...”. Agora, estão explicados os 'mensalões', “Petrolões” e outras maracutaias cujos integrantes nunca são punidos. A tal comissão deveria ser de Repressão ao crime organizado no Brasil...

-Em certa ocasião, o presidente do BID, deslumbrado com o desfile das escolas de samba, disse: “Um país com esta criatividade tem tudo para crescer a taxas maiores”. Pronto, está resolvido o problema da nomeação dos novos ministros da Dilma: é só convocar os carnavalescos responsáveis pelo desfile. Pra frente, Brasiiiiiiiiiiil!

-O Brasil – quem poderia imaginar! – é signatário de uma convenção da ONU onde renuncia ao direito de fabricar supercomputadores. Decisão foi tomada no ano 2000. Imagine se o Brasil tivesse supercomputadores. Poderia fabricar e pôr em órbita satélites poderosos, dominar a energia nuclear etc. Mas isto iria ameaçar os donos do mundo e nossos eternos senhores. A independência ainda não chegou aqui. Desde a “independência” de mentirinha de 1822, onde o país já começou assumindo a dívida que Portugal tinha com os banqueiros ingleses, nunca fomos, na completa acepção da palavra, “independentes”. A primeira coisa que o presidente faz, logo após a posse, é ir tomar a bênção dos que verdadeiramente mandam. Se não for lá (casos de segundo mandato), ele (s) vem (vêm) aqui, para colocar a coisa nos eixos. E a vida vai seguindo, com a corrupção costumeira. Ou: a corrupção vai seguindo, com a vida costumeira.

-No filme O jardineiro fiel, podemos ver a ação de uma multinacional de remédios norte-americana atuando em países pobres da África, para fazer experimentos de uma nova droga que tinha interesse em lançar, antes que seus concorrentes o fizessem. As centenas de mortes decorrentes da ação foram ignoradas. Corpos eram enterrados sem registro, para não influir nas estatísticas. Igualzinho ao que ainda acontece em determinado país da América do Sul. Adivinhe qual é...

Pior é impossível.

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