RESUMO
DA HISTÓRIA DO ESCULHAMBIL COLÔNIA
NELSON
ALVES BARBOZA
Amigos,
Não aguentando mais a
esculhambação reinante,
resolvi pesquisar a origem de
tudo, mediante uma
regressão espiritual. Fui a um
centro espírita, me
concentrei, recebi o espírito do
Stanislaw Ponte Preta,
e o resultado acabou sendo esta
po, digo, este livro.
Esta
joça é dedicada aos amigos que
tiverem
saco para lê-la.
PREFÁCIO
RESUMIDO
Este livro é
uma esculhambação, esculhambada esculhambadamente.
O autor
encontra-se foragido, em lugar incerto e não
sabido.
Revogam-se
as disposições;
AO CONTRÁRIO.
ÍNDICE:
Não
precisa. A esculhAmbação
começa aqui.
O
ESCULHAMBIL COLÔNIA
Era
uma vez um reino onde seu povo vivia nu e feliz, em contato com a
natureza. Não gostavam de trabalhar. Colhiam o que era encontrado na
mata viçosa e exuberante. Nada os preocupava.
Ai,
por um erro de cálculo do comandante Pedro Álvares Esculhambal,
aportaram, naquela pindorâmica terra, em abril de 1500, naus
europeias cheias de esculhambeses (e de bacalhau e vinho verde –
pronuncia-se “vacalhau e binho berde” – também), que iriam
mudar toda a vida do local.
Fugindo
da calmaria, vieram implantar a zorra e a esculhambação.
Eram
tão ignorantes que julgaram ter chegado a uma ilha, que logo
denominaram de Ilha da Verdadeira (Vera) Cruz, já antevendo o que
iriam passar daí por diante seus habitantes atuais e futuros. Depois
desse pagamento de mico, tomaram um “semancol”, viram que estavam
no continente, e passaram a chamá-lo de Terra do Náutico, digo, do
Santa Cruz, um time que só iria aparecer no Nordeste do território
muitos anos depois.
O
fato histórico é que eles não “descobriram” nada. Um tal de
Esculhambóvão Colombo já tinha encontrado a Venezuela no
continente, em 1498. Como não há separação entre as terras...
Outra
mancada histórica foi denominarem os habitantes locais de “índios”,
porque, na sua santa ignorância, julgavam que estavam nas Índias.
Em suma, estavam mais por fora do que peito de atriz de
pornochanchada.
E
não ficaram só por aí. Mais tarde, ao descobrir uma baía,
pensaram que era um rio. Como estavam em janeiro, batizaram o local
de Rio de Janeiro.
Aliás,
as mancadas já haviam começado antes da “descoberta” das novas
terras, com o Tratado de Esculhambilhas, em 1494, que estabelecia que
as terras a leste de uma ilha do arquipélago de Cabo Verde seriam de
Esculhambau. Só não disseram aos esculhambonhóis se as léguas
eram esculhambesas ou esculhambonholas, que eram diferentes. Confusão
formada, até hoje ninguém sabe precisar onde ficava a tal linha
divisória das terras. Isso, depois, não fez muita diferença,
porque seu traçado foi todo entortado, já a partir de 1531, com as
primeiras Esculhambentradas e Esculhambandeiras, expedições em
busca das riquezas do interior de Esculhambil.
Os
esculhambeses, ao notarem os hábitos da população local, até
cogitaram denominar o local de Esculhambíndia, pois ali nada se
criava, nada se perdia, tudo se transformava (em fezes). Os nativos
só queriam saber de comer, brincar, transar e... defecar. O coqueiro
dava coco, e eles ficavam em suas redes, nas noites claras de luar...
Mas
o pior ainda estava por vir: os esculhambeses descobriram que aquela
terra tinha um pau, na mata esculhambântica, o pau-esculhambil.
Fascinados pelo grosso e abundante pau, logo o declararam monopólio
da Coroa e resolveram mudar o nome da terra para Esculhambil. Assim,
substituíram uma santa por um pau. Talvez seja por isso que até
hoje os habitantes do lugar estão fu, digo, fornicados.
O
pau era tão fascinante que até os corsários esculhambranceses
resolveram levá-lo (dali, é claro), passando a contrabandeá-lo.
Eles até atacavam as naus esculhambesas que passavam por Cabo Verde
cheinas de pau-esculhambil. Aí, Don Esculhamboão, o rei, resolveu
dar um pau neles. Nomeou um cara bem fidapu e extremamente sádico
para policiar a costa, com uma frota de seis barcos: um tal de
Cristóvão Esculhambacques, que tornou um inferno a vida dos
piratas. Quebrava seus dentes, costelas, incendiava seus navios etc.
Em suma, os esculhambranceses foram buscar pau e saíram a pauladas.
Para fugir da repressão, muitos se embrenharam nas matas e se
tornaram esculhambíndios, até praticando antropofagia.
Três
anos depois da descoberta do novo mundo, os esculhambeses
resolveram fazer a primeira Capitania Esculhambária, numa ilha do
Nordeste, que foi doada a Fernão de Esculhambronha.
Depois,
foram criadas também as Capitanias Esculhambais, controladas pelo
rei dos esculhambeses, uma ocupação de base militar, para controle
da costa, com fortes e canhões espalhados pelo litoral.
O
governo esculhambês decidiu, então, começar o povoamento e a
colonização de Esculhambil. Pegou uma régua, fez traços paralelos
aleatórios no mapa, e estabeleceu as novas Capitanias
Esculhambárias, domínios semelhantes a feudos, num total de 14, que
foram entregues a 12 esculhambatários de pequena nobreza.
Resultou
nesta droga que está assinalada aí no mapa:
Alguns
nem foram ver a merda que lhes foi doada, preferindo ficar
nababescamente no conforto da corte esculhambesa.
A
capitania mais privilegiada pela coroa esculhambesa foi a de São
Esculhambente, que já naquela época era a queridinha dos
governantes.
Para
coordenar toda essa esculhambança, o rei esculhambador criou o cargo
de esculhambador-geral. O primeiro a ser nomeado para a função foi
Tomé de Esculhambousa.
Os
nativos, contrários ao regime de trabalho imposto pelos
esculhambeses, pensaram numa greve geral e começaram a fazer
piquetes preparatórios. Mas os sindicuts
ainda não existiam e o poder de fogo dos banqueiros esculhambeses
era muito maior, não concedendo aumento de salário de jeito nenhum.
Os esculhambíndios perdiam todas as lutas e não tinham outra
escolha a não ser se refugiar, cada vez mais, no interior das terras
pindorâmicas.
Nasce
o Esculhambil Colônia. E também nascem os primeiros filhos oriundos
do cruzamento de esculhambeses degradados, esculhambíndios e
esculhambrafros. Uma mistura fidapu que originou os atuais
esculhambeiros, famosos pelo seu ar maneiro, inzoneiro e que, salvo
raríssimas exceções, gostam sempre de aplicar a lei do grande
pensador Esculhambérson (que de tanto pensar ficou careca), que
recomenda que sempre se deve levar vantagem em tudo.
A
miscigenação, entretanto, teve seus méritos: criou a coisa mais
cobiçada pelos esculhambeses, esculhambeiros e periferia: a mulata,
produto genuinamente nacional.
Os
esculhambíndios antropófagos, que já haviam comido de tudo,
inclusive um acepipe raro de nome “Bispo Sardinha” (a História
não diz se foi frito ou cozido à capixaba), passaram a ter mais um
item em seu cardápio (nos dois sentidos, é claro).
Esse
primeiro e legítimo bispo, que tinha um nome muito convidativo para
ser comido, se deu mal. Mas isso não aconteceu com os bispos criados
uns 500 anos depois dele. Todos os novos que se autodenominam
“bispos” estão muito bem de vida. Boa comida, salário de mais
de 5000 dólares, ternos de grife, gravatas Armani, sapatos de cromo
alemão impecavelmente lustrosos e carros importados do ano fazem
parte do perfil destes novos evangelizadores (sic), às custas da
contribuição, em forma de dízimo, “vintízimo”, “trintízimo”
e até “totalízimo”, de pobres criaturas (e criaturas pobres)
que frequentam as chamadas “igrejas esculhambais do reino de vem a
nós” (Vosso reino, nada). Os crentes (que estão abafando) deixam
até de comprar produtos essenciais para seu sustento, e doam tudo o
que podem para os canalhas que os induzem a acreditar que é dando
dinheiro para eles que alcançarão o reino de Deus. Enfim, como
disse o célebre pensador Kung Amin Dada (se não disse, pensou;
afinal, ele era “pensador” e não orador), “se não existissem
os trouxas, como iriam existir os espertos?”.
E
muito espertos eram os senhores de engenho esculhambeses. Sua riqueza
contrastava com a pobreza daqueles que trabalhavam para eles
(escravos, índios etc.). Naquela época, o negócio já era levar
vantagem em tudo, ação corroborada pelo célebre pensador
Esculhambérson, séculos depois.
Nesta
época, surgiram os primeiros traficantes. Como ainda não existia
cocaína, maconha etc., eles acharam por bem traficar escravos, que
eram trazidos à força da Esculhambáfrica e vendidos aos
salafrários do poder.
Os
escravos ficavam muito putos por ter de trabalhar de graça e, ainda
mais, mal alimentados. Mas, com os restos de comida que conseguiam
amealhar, inventaram uma iguaria que até hoje é apreciada nos
melhores restaurantes: a feijoada, que lhes dava mais um pouco de
energia para enfrentar a dura rotina de trabalho a que eram
submetidos e também para fazer mais filhos para o patrão.
A
riqueza produzida no Esculhambil dependia deles. Em troca de seu
trabalho, recebiam três pês: pão, pano e...
...porrada.
Insatisfeitos,
é claro, fugiam quando podiam e passaram a reunir-se no que
denominaram de quilombos.
Dizem
as más línguas que este nome originou-se ao verem as protuberâncias
traseiras das negras que passavam pelas aldeias. Todos exclamavam:
“Qui lombo!”.
E
os esculhambeses, com seu sotaque característico, diziam: ”Num dá
vuntade de espalmares?”.
Daí,
o quilombo mais famoso foi o qui lombo para espalmares, depois mudado
para Quilombo de Palmares. Só passou a ser ex-Palmares depois que
foi destruído por um assassino mau-caráter chamado Domingos
Esculhamborge Velho. Era velho, mas era mau pra cacete, desde o tempo
em que caçava índios nas matas pindorâmicas.
Era
o tempo do Esculhambil açucareiro, que só iria ficar lindo e
trigueiro muito tempo depois, conforme o samba-exaltação de Ary
Barroso.
Os
esculhambranceses encheram o saco dos colonizadores esculhambeses por
várias vezes e, em 1555, chefiados por Nicolau Durand de
Esculhambagnon, invadiram a Baía de Esculhambara e fundaram a França
Esculhambártica. A coisa não vingou: foram expulsos por
Esculhambácio de Sá, em 1567.
Depois
foi a vez dos cri-cri holandeses, que ocuparam a região açucareira
de Esculhambuco, mas foram vencidos pela Insurreição
Esculhambucana. Os holandeses, logo após terem sido defenestrados,
declararam guerra à coroa esculhambesa. Para livrar-se do incômodo,
os babacas de plantão na Coroa aceitaram a mediação da
espertíssima Esculhambaterra e, daí em diante, passaram a ser
economicamente dependentes dela. Os idiotas ainda assinaram, em 1661,
o Tratado de Haia, indenizando com vultosa quantia a Holanda, para
que renunciasse ao Esculhambil. Negócios mais burros que esse, só a
compra da companhia de energia elétrica Esculhambight, alguns
séculos depois, pelo governo de Esculhambil, quando, daí a poucos
meses, ela iria ser sua de graça, por força do término do
contrato; a privatização da Cia. Vale do Rio Esculhamboce, empresa
que dava lucros aos cofres do reino; e a parceria que atualmente
estão querendo fazer no setor de energia, onde o Esculhambil entra
com o know-how, a cana, o lugar para plantá-la e o império do outro
país entra só com a cara e a coragem. As babaquices continuam. Só
pode ser herança genética!
As
tolices que a basbacaria esculhambesa fez levaram à ruína seu
império colonial, e a única possessão importante que lhe restou
foi o Esculhambil e sua cultura de açúcar. Mas os espertos
holandeses começaram a produzir açúcar nas Antilhas e a vaca (ou a
cana) começou a ir lentamente para o brejo, no final do século
XVII.
Aos
trancos e barrancos, a produção açucareira ainda durou todo o
período colonial, coexistindo com outras culturas menores como o
tabaco (que não se estabacou), o algodão e, depois, o cacau.
A
pecuária surge, então, para servir à alimentação e transporte. A
produção passa a ser voltada praticamente para a subsistência e o
mercado interno.
Só
193 anos depois de chegarem ao reino de pindorama os idiotas foram
descobrir que havia ouro nas regiões de Minas Esculhambais, Mato
Esculhambosso e Esculhamboiás. Tudo que era extraído era
controlado pelo erário esculhambês, que cobrava 20 por cento de
imposto. Era o chamado quinto. Às vezes, o quinto desaparecia no
meio do caminho. Dizem que ia para os quintos dos infernos ou então
sumia dentro dos chamados “santinhos de pau-oco”.
Em
1703, início dos lucros com a mineração, que estavam permitindo
uma saída do sufoco, os diligentes babacas de plantão da corte
esculhambesa, não satisfeitos com a merda que já haviam feito
quando assinaram o Tratado de Haia, embarcaram numa canoa furada e
assinaram, sem pestanejar, o Tratado de Methuen, que fez com que
fosse para os espertíssimos ingleses a maior parte do ouro extraído
em Esculhambil. Naquele tempo ainda não havia o FMI, mas já havia
algo parecido...
A
legislação para as minas foi enrijecida e tornou-se rigorosa, para
que a coroa esculhambesa pudesse se aproveitar ao máximo das
riquezas extraídas.
Mas
as reservas foram se esgotando e a produção entrou em decadência
em meados do século XVIII.
Apareceu,
então, um cara empombado, que parecia que ia dar jeito em tudo, o
marquês do Pombal, um inovador que tomou inúmeras medidas que deram
nova força ao Esculhambil, no setor produtivo e comercial. O negócio
até que ia melhorando. Mas, em 1777, morre o rei de Esculhambal e
sobe ao trono Dona Esculhambaria I, a “louca”. Uma de suas
loucuras foi afastar o do Pombal, acabando com o regime pombalino e
virando a legislação para as normas anteriores. E assim prosseguia
o período colonial...
Outro
episódio relevante na colônia foi a chegada dos jesuítas, em 1549,
chefiados por Esculhambuel da Nóbrega, a fim de recuperar fiéis
perdidos. O negócio era bagunçar as crenças dos nativos e dos
“turistas” esculhambafricanos e impor o Deus dos europeus.
Fato
pitoresco foi a carta de Nóbrega ao rei de Esculhambau, pedindo a
remessa de mulheres para Esculhambil “até
meretrizes, para evitar pecados e se aumentar a população no
serviço de Deus”.
Duas afirmativas meio cocorocas. Nunca se soube que meretrizes
ajudavam a “evitar pecados” e, muito menos, que contribuíssem
para “aumentar a população”.
Por
outro lado a doutrinação era impingida na base da porrada, seguindo
o lema medieval de que “com sangue a letra entra”.
Quanto
aos negros esculhambafricanos, os jesuítas achavam que estavam
naquela vida de sofrimento e trabalho árduo “por vontade Divina”,
isto é, tinham mais é que se fu, digo, ferrar mesmo.
A
pecuária é outro capítulo à parte na época colonial. No início,
havia o gado caseiro, isto é, criado nas fazendas para alimentação
local e servir de tração para os rústicos veículos de carga. Mas
o rebanho foi crescendo e ocupando cada vez mais as terras produtivas
mais rendosas dos canaviais.
Aí,
a vaca foi literalmente para o brejo. Numa solução bestial,
foi proibida a criação de gado a menos de 10 léguas do litoral.
Gado só no Agreste ou no Sertão.
Tinha
“Sertão de Fora” e “Sertão de Dentro”. Quem não soubesse o
que era isso estava “por fora”. O “de Fora” não se afastava
muito do litoral; o “de Dentro” seguia o curso dos grandes rios.
E
surgiram as feiras e os povoamentos no interior. Tinha até Feira de
Santana. Só não tinha a primeira-feira; o negócio começava na
segunda e ia até a sexta.
O
contrabando reinava solto na colônia. Os malandros esculhambeses
treinavam escravos, desde a infância, fazendo-os engolir grãos de
milho ou de feijão, para, depois, terem a capacidade de engolir
pepitas de ouro. Mas os suspeitos se ferravam: eram obrigados a tomar
purgante de pimenta-malagueta, para expelir o que tivessem engolido,
ato considerado crime de lesa-majestade. Alguns escondiam o ouro nos
dedos ou unhas dos pés e até nas narinas, ou em outros buracos
menos nobres do corpo humano. Pepitas, apesar de arranharem, eram até
fáceis de esconder, quando sabemos que, hoje em dia, até telefones
celulares são escondidos no, digamos assim, “parque de diversões”
das mulheres que visitam presos nos chamados “presídios de
esculhambança máxima”.
O
negócio do contrabando também se utilizava das procissões dos
santos de pau-oco, que estavam sempre com as barriguinhas cheias de
ouro ou diamantes. Como tinha procissão naquela época... ...o
pessoal era muuuuito “católico”...
Então,
é criado o ICM (Imposto de Circulação de Mercadorias), pela
primeira vez no Esculhambil, em sua versão esculhambesa, em 1718. Os
gajos
ficavam a
policiar
as estradas e cobravam direitos sobre a circulação de mercadorias
para a coroa.
Também
não adiantou muito (como não adianta até hoje).
Logo
no ano seguinte, foi implantada nova forma de extorquir que iria
fundir a cuca dos contrabandistas: as “Casas de Fundição”. Todo
o ouro extraído teria de ser entregue para fundição em barras
seladas, cobrando-se o quinto. Quem fosse pego contrabandeando ou
circulando com ouro em pó era severamente penalizado, até com
degredo perpétuo na Esculhambáfrica.
É,
antigamente, a extorsão era de 1/5 (um quinto = 20%). Hoje, é mais
de 1/3 (um terço = uns 35%). O pessoal era feliz e não sabia...
Há
revolta de mineradores, que faziam levantes frequentes. Um dos
líderes é condenado à forca e ao esquartejamento (atenção,
revisão: nesta ordem, pelamor
de Deus!).
O
ouro vai escasseando...
Na
segunda metade do século XVIII, a economia de Esculhambil e de
Esculhambau (ou vice-versa) entra em franca decadência. O ouro
minguou, e os outros produtos que comercializavam não tinham a mesma
força nem boa valorização no mercado externo.
Outros
fatores vieram esculhambar ainda mais a conjuntura: o início da
Revolução Industrial na Esculhambaterra, a Revolução
Esculhambrancesa e a Independência das colônias norte-americanas.
O
sistema colonial já não era mais o mesmo. A batata da Independência
começava a assar...
E
dona Esculhambaria I, a porra-louquíssima, ainda ordenou a extinção
de todas as fábricas da colônia, achando que eram prejudiciais à
extração dos produtos da terra, que deveriam ter prioridade sobre
todas as outras coisas. Nem é preciso reproduzir aqui o sonoro
palavrão que o empombado marquês do Pombal proferiu ao saber disto.
Assim,
tivemos uma ligeira mostra do que foi o início da história de
Esculhambil. Não devemos estranhar se ainda hoje prosseguem as
babaquices governamentais, agora mais sofisticadas, mais modernas,
mas muito parecidas com as que acabamos de relatar, num país que
jamais deixou de ser colônia e é refém do capital internacional
desde 1822, quando, para ter sua “independência ou morte”, teve
de assumir a dívida da coroa esculhambesa com a esculhambaterra.
NOTA
FINAL: a esculhambação é tanta que o autor não aguentou mais
escrever o resto da história. Mas, para bom entendedor, meia palavra
bas,
não é?
Nelson
Alves Barboza.
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