SAIBA COMO EMAGRECER SEM PERDER SAÚDE E PRAZER
Nutricionista
revela mitos e verdades sobre os alimentos e dá dicas para evitar
armadilhas
O
tempero da salada feito com azeite, vinagre e um legume batido
estimula a digestão e facilita a absorção da vitamina A, presente
nas folhas verdes Selmy Yassuda
Seguir
a dieta pode ser ainda mais difícil se no meio do caminho
aparecerem falsos atalhos, como aquele chá que ajuda a emagrecer ou
o chocolate que engorda só um pouquinho. Milagres não existem e a
reeducação alimentar leva tempo mesmo, mas pode ficar mais fácil
com dicas que desmistificam alguns alimentos. Um prato de feijão
com arroz é possível durante a dieta, por exemplo. Já o copo de
suco de laranja não é a melhor opção, pois tem cerca de 240
calorias — melhor comer uma laranja, que tem apenas 60 calorias e
sacia mais.
— A
dieta que dá certo é sempre uma dieta diferente daquela que levou
à obesidade e o nutricionista tem que ter habilidade para conduzir
o paciente, mas não há fórmula mágica — diz a nutricionista
Virgínia Nascimento, que lista abaixo algumas dicas, mitos e
verdades da nutrição.
Chás
não emagrecem: Os chás têm ação diurética, o que só gera
diminuição do peso corporal pela perda de água retida, mas não
há perda de gordura.
Batatas
coradas: Como a batata cozida aumenta o índice glicêmico e não
sacia tanto, em alguns casos vale a pena tirar a gordura de outras
fontes para poder comer, no almoço, uma porção de batata corada,
aquela passada no óleo. Uma porção de batata corada pequena
equivale a uma batata e meia cozida.
Unte
o bife: A quantidade de óleo que adere ao bife é muito menor do
que a que a maioria das pessoas costuma colocar na frigideira.
Experimente o óleo aromatizado, dá mais sabor: passe sobre uma
peneira fina alho ou aipo ou cebola ou manjericão ou hortelã,
misture óleo, sal e unte a carne com essa mistura.
Diet
não é light: Alimentos diet não têm açúcar ou gordura. Os
light têm menos açúcar ou menos gordura para ter menos calorias.
No processo de retirar as calorias, no entanto, a indústria muitas
vezes usa estratégias que deixam o alimento menos saudável.
Chocolate:
Quando der vontade, é melhor comer um bom chocolate e saciar a
vontade do que consumir outro doce diet, por exemplo, e só aguçar
o paladar. Em algumas dietas é até permitida a ingestão de 20g de
chocolate diariamente. Nesses casos, chocolate com passas ou
castanhas, geralmente mais calórico, pode ser a melhor opção,
porque, na contagem geral, as passas e as castanhas diminuem o peso
do açúcar e do chocolate.
Preto
ou branco? O chocolate branco engorda mais que o preto, pois tem
como base manteiga do cacau, mais leite e açúcar. O preto ou rico
em cacau é composto por massa de cacau, que tem menos calorias e é
rica em antioxidantes.
Abacaxi
e gordura: O abacaxi tem uma enzima que ajuda na digestão das
carnes, mas esta enzima se mostrou mais eficiente quando a carne foi
temperada com suco ou pedaços de abacaxi do que quando a fruta foi
ingerida após uma carne preparada da forma tradicional.
Frutas
cozidas: Esta opção engorda mais porque o açúcar se carameliza e
fica mais fácil de ser absorvido e se transformar em gordura em
quem tem tendência a ganhar peso.
Laranja
sim, suco não: Um copo de 250ml de suco de laranja tem, em média,
quatro laranjas. Cada laranja tem 60 calorias.
Varie
os alimentos: O organismo é estimulado de formas diferentes
constantemente, por isso não se deve esgotar a utilização de
vários alimentos em uma só preparação. Em vez de uma salada de
seis itens, por exemplo, faça saladas diversas com três itens por
vez. Esta troca ajuda a acelerar o metabolismo e evita a repetição
e consequente enjoo de determinados alimentos, comum em quem faz
dieta.
Tempere
a salada: Um dos ingredientes da salada, como a cenoura ou o tomate,
pode ser batido com azeite e vinagre para estimular a digestão, por
acelerar a chegada combinada ao estômago e melhorar a absorção
dos nutrientes. A vitamina A presente nas folhas, por exemplo, é
lipossolúvel e melhor absorvida dessa forma.
Alterne
o cardápio: Evite repetir a composição dos alimentos. Se o almoço
for massa, o lanche não deve ter biscoito ou pão para não
provocar um estímulo constante das mesmas substâncias digestivas.
Aproveite
tudo: Cascas de frutas e legumes devem ser consumidas. A batata
inglesa cozida com casca, por exemplo, pode ser tostada em uma
sanduicheira ou grelhada e substituir o pão no lanche.
Frutas
desidratadas: As calorias são as mesmas de uma fruta in natura, mas
como pesam menos, as desidratadas acabam sendo consumidas em mais
quantidade e engordando mais.
Beber
água em jejum: O truque induz à eliminação rápida da água
ingerida e de alguma água acumulada, mas não ajuda a emagrecer. Em
algumas pessoas tem o efeito de saciedade e ajuda a diminuir a
ingestão na refeição seguinte.
Água
às refeições: A quantidade de líquidos às refeições deve
ficar em cerca de 300ml para não gerar diluição indesejável de
substâncias que atuarão na digestão dos alimentos nem diminuir os
estímulos provocados pela mastigação dos alimentos. Mas se pode
sim beber água durante as refeições.
Suco
de limão: Qualquer fruta diluída diminui a acidez no corpo,
facilitando a eliminação de toxinas e água. Na balança, parece
que se perdeu peso, mas isto não equivale à diminuição de
gordura.
Feijão
e arroz: Esta combinação tem aminoácidos importantes para o
organismo e, mesmo em regimes de redução de peso, pode ser
consumida — desde que haja variedade de outros alimentos, sem
muita farinha de massas, pães e biscoitos.
Jantar
sim: Muitas vezes trocar o jantar pelo lanche favorece o consumo de
mais alimentos ricos em carboidratos, como pães, biscoitos e
panquecas. O ideal é repetir o almoço em menor quantidade no
jantar por causa da proximidade do horário de dormir.
Café
e digestão: Um café depois das refeições tem ação digestiva,
mas evite acompanhamentos como licor, chocolate ou petit four, que
podem ter tantas calorias quanto parte do prato de refeição.
Coma
a cada 3 horas: Ajuda a não acumular fome prolongar a saciedade,
evitando exageros nas refeições seguintes.
Mastigue
bastante: Cada refeição, quando bem mastigada, estimula centros
cerebrais e sítios digestivos envolvidos no processo de
aproveitamento adequado dos alimentos, o que também acelera a
saciedade. A média de 30 minutos para uma refeição principal é
adequada.
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