terça-feira, 17 de março de 2015

GÍRIAS ANTIGAS E NEM TÃO ANTIGAS

LISTA DE GÍRIAS ANTIGAS

Amigo da onça – Traidor.
Arrebentar a boca do balão – Vencer (Ganhar) de forma extraordinária ou em quantidades absurdas, sucesso retumbante.
Bacana – Coisas ou pessoas com atributos positivos (gíria ainda usada atualmente).
Barbaridade – Expressão de surpresa, admiração, espanto e inconformação.
Batata – Algo que vai ser absolutamente certo de acontecer. Por exemplo: Coma pouco e você vai emagrecer. É batata!
Beleza pura – Coisa muito boa de acontecer, de se ver ou se ter.
Belezura – Coisa agradável de se ver ou mulher muito bonita.
Benza a Deus – Elogio a algo muito bom, bonito.
Botar as barbas de molho – Precaução diante de fato ruim acontecido que pode nos afetar; evitar que o mesmo nos aconteça.
Broto – Menina nova, mocinha.
Cafundó do Judas – Local muito longe, afastado. Semelhantes: Caixa-pregos, onde Judas perdeu as botas, onde o vento faz a curva, na casa do chapéu.
Cambada – Gangue, bando de pessoas malvistas.
Cão chupando manga – Pessoa ou algo extremamente assustador, medonho, pavoroso, aterrorizante, bizarro, horrendo. Pessoa difícil de lidar, irascível.
Caramba! – Expressão de admiração, ironia, espanto ou surpresa, ainda usada hoje em dia.
Carango/caranga – Automóvel.
Chorumela – Coisa de pouco valor, ninharia.
Chuchu beleza! – O mesmo que: coisa boa! Legal! Bacana!
Comer bola– Errar sem querer, passar desapercebido de algo importante.
Comeu até o cu fazer bico – Expressão usada para designar alguém muito guloso que se fartou de comida.
Dedéu – Muita quantidade ou intensidade. Ex.: longe pra dedéu.
Deus nos acuda – Designa uma situação difícil ou complicada.
Dindin – (gíria antiga mas ainda usada atualmente) – Dinheiro, grana. Outros sinônimos de dinheiro: algum, arame, bagaço, bagalhoça, bagarote, bago, baguines, bagulho, bala, barro, bazaruco, bilhestre, bilhestro, bolsa, bomba, boró, borós, broça, brocha, cabedal, cacau, calique, cantante, capim, capital, caraminguá, carcanhóis, caroço, cascalho, cédula, changa, chapa, chavo, chelpa, cheta, china, chinfre, cobre, cobres, cominho, conques, contado, coscorrinho, coscos, cunfres, cunques, cuprém, erva, estilha, falépia, felpa, ferros, fundos, gadé, gaita, gás, gimbo, grana, guines, guino, guita, jabaculê, jibungo, jimbo, jimbongo, jimbra, joão-da-cruz, lã, legume, lençol, luz, maco, maquia, marcaureles, marco, massa, metal, milho, moeda, mosca, mufunfa, música, narta, níquel, nota, numerário, numo, óleo, ouro, pacotes, pápula, parnau, parné, parneque, parni, parrolo, pasta, pataca, pataco, patacos, pecúnia, pecuniária, pelga, penique, pila, pilcha, pilim, pilimpilim, prata, quido, roço, sapécoas, tacho, taco, teca, tostão, tubos, tuncum, tusta, tusto, tutu, unto, vento, verba, vintém, zergulho, zinco.
Do fundo do baú – Antigo, velho, ultrapassado, fora de moda. O mesmo que "Do arco da velha" e "Do tempo do Onça".
Duro na queda – Intransigente, que não abre mão, teimoso, difícil de convencer ou de tratar.
Duvideodó – Duvidar fortemente de algo falado por outrem.
E aí, campeão? – Tipo de saudação.
É de lascar – Situação complicada, muito boa ou ruim.
É dose pra (elefante, leão ou cachorro) – Coisa de proporção muito grande. Também designa pessoa muito inconveniente ou chata.
É uma brasa, mora? – O mesmo que "show de bola, tá ligado?" Muito usada nos anos 60 e 70.
Está pensando que berimbau é gaita? – Quando se acha que alguém está completamente enganado a respeito de alguma coisa.
Está tinindo – Coisa que está funcionando perfeitamente.
Firme na paçoca? – Saudação
Lá pros Cafundós – Muito longe, distante.
Lero-lero – Conversa vazia, inútil, onde se perde tempo. Semelhantes: "Papo para boi dormir", "Papo furado", "Conversa fiada", "Conversa mole".
Macacos me mordam! – Espanto diante de algo inacreditável. Usada pelo Popeye.
Mandar brasa – Fazer algo com convicção ou rapidez
Marcar toca – Ficar de bobeira. Ser enganado.
Matando cachorro a grito – Estar em situação de penúria ou falta de dinheiro
Mocorongo – Desajeitado, mal arrumado, pessoa de mau gosto.
Mundaréu – Qualquer espaço muito grande. Grande quantidade de alguma coisa, muito, bastante. Ex.: um mundaréu de coisas para fazer.
Na capa da gaita – Cansado, acabado, ferrado.
Nem caga nem desocupa a moita – Pessoa indecisa, vai não vai.
Nem que a vaca tussa! – Expressão usada como firme negativa, para enfatizar um não. Usam-se também as seguintes expressões: "Nem a pau", "Necas de Pitibiriba", "Pode ir tirando o cavalinho da chuva". Se for dita por um político, não acredite.
O quinto dos infernos – Lugar muito longe. O mesmo que "Onde o Diabo perdeu as botas"
Onde fui amarrar meu bode? – Usada ao se arrepender de algo feito.
Ora bolas – Algo como "ora pois". Usado para afirmar algo que se está dizendo.
Panga, Panguá – Zé mané.
Papo firme – Pessoa que leva a sério o que se diz. Na música de Roberto Carlos “Garota papo firme” representa bonita, charmosa.
Parada dura – Algo difícil de se realizar.
Passar a batata quente – Livrar-se de um problema, fazendo com que outro o assuma.
Patavinas – Nada. O mesmo que "Porcaria nenhuma", "Bulhufas alguma", "Nadica de nada", "Necas de Pitibiriba"
Patota – Turma de amigos.
Pedra noventa – Alguém tido como "gente boa".
Pega pra capar – Briga, confusão, baderna. O mesmo que "Forrobodó" e "Rebu".
Pela Madrugada! – O mesmo que "Pelo Amor de Deus!"
Pelas barbas do profeta! – Expressão de espanto diante de algo surpreendente, "Fim da picada". Algo inconcebível. Absurdo.
Pior que bater em mãe em porta de igreja – Expressão usada para designar algo muito feio de se fazer.
Que abacaxi! – Expressão usada diante de algo complicado de se fazer. (o abacaxi é uma fruta chata de descascar).
Ripa na chulipa – Expressão usada para estimular algo. O mesmo que "mandar brasa".
Sebo nas canelas – Quando manda alguém ir rápido, apressar-se.
Será o Benedito? – O mesmo que "Será possível?"
Serelepe – Agitado, safado, perspicaz, esperto, vivo.
Supimpa – Algo bom, legal.
Tapa na macaca – Fumar cigarro de maconha.
Tapa na pantera – O mesmo que "tapa na macaca".
Tempo do Onça – Coisa muito antiga. Origem: entre 1725 e 1732, o Rio de Janeiro foi governado pelo capitão Luis Monteiro, cujo apelido era ONÇA. Até hoje, quando alguém quer se referir a uma coisa bem antiga, usa a expressão: "É DO TEMPO DO ONÇA".
Tirar água do joelho – Urinar.
Tirar o pai da forca – Usada para designar o ato de quem está muito apressado para realizar alguma coisa ou ir a algum lugar.
Toró – Tempestade, chuva forte.
Trinque – Luxuoso, elegante, feito com esmero.
Trumbicar-se– Sair-se mal.
Xispa – O mesmo que sai fora, “vaza!”.

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