BAIRROS
DO RIO-SIGNIFICADO DOS NOMES
(Postado
pelo prof. Deonísio Silva, no Facebook)
O Rio
de Janeiro tem
dezenas de bairros, alguns com nomes curiosos (como
Piedade),
outros cercados de lendas (Urca,
Realengo, Valqueire),
fora homenagens a grandes proprietários de terras, famílias antigas
e nobres. A maior curiosidade é a história do Leblon, Flamengo e
Urca, que teriam o nome devido ao mesmo homem… um holandês, que
pensam que é francês ou flamengo,
se chamava Olivier van Noort, o apelido é Charles LeBron,
ou LeBlond e
chegou ao Rio em seu navio URCA.
Pode até ser mentira, mas deve ser bem mais interessante que a
verdade. O post é de 2008, mas desde aquela época vem sendo
atualizado.
Abolição
O
nome provavelmente tem origem na antiga alcunha da Rua da Abolição,
13 de maio, dia da abolição dos escravos no Brasil.
Acari
O
nome do bairro vem do Rio Acari. Acari, por sua vez, é um tipo de
peixe. Hoje chamada de Favela de Acari, a região é a junção do
Conjunto Amarelinho, construído no final dos anos 50 na beira da
Avenida Brasil, e mais quatro localidades: Parque (Proletário)
Acari, Vila Rica de Irajá, Coroado e Vila Esperança.
Água Santa
Água
mineral jorrava de uma fonte localizada nessa área. Ela era
engarrafada e vendida na região.
Alto da Boa Vista
O
nome tem origem na bela paisagem que se admira das encostas do Maciço
da Tijuca. No início era a serra, depois vieram as plantações de
café que desmataram os morros e alteraram a vazão de rios da
região. D.
Pedro II determinou
em 1861 o reflorestamento de toda a área, feito pelo Major
Archer.
Andaraí
Seu
nome provém da expressão indígena “Andirá-y Açu”, que
significa “Rio Grande dos Morcegos”, na linguagem dos índios
tamoios que habitavam a região. O “Rio dos Morcegos” hoje é
denominado Rio Joana, que atravessa o bairro, dividindo as duas
pistas da Rua Maxwell. Outra versão diz que vem do Pico do Andaraí,
cuja tradução do tupi para o português seria “empinado para
cima”
Anil
No
local, existiram arbustos nativos cujos frutos eram o anil.
Inicialmente, a região era ocupada por engenhos. Depois vieram as
fazendas onde se plantava café.
Bangu
Corruptela
de u bang ú (“a barreira negra”) ou bang ú (“cercado por
morros”) na linguagem dos índios. Outra possibilidade está
relacionada à palavra africana bangüê, utilizada pelos escravos
para se referir ao local do engenho onde se guardava o bagaço da
cana-de-açúcar que, após moída, alimentava o gado. O termo ficou
consagrado ainda, como denominação de uma espécie de padiola feita
de tiras de couro ou fibras trançadas, usada para transportar
cana-de-açúcar e outros materiais de forma improvisada. Daí nasceu
a expressão “fazer à bangu”, ou seja, sem cuidado, de qualquer
jeito.
Barra da Tijuca
Depósitos
de aluvião formados nas desembocaduras de rios e canais são o que
se chama de barra. No caso do bairro, o depósito é formado pelo
encontro das águas do conjunto de lagoas da região (entre as quais,
a Lagoa da Tijuca) com o Oceano Atlântico, através do Canal da
Joatinga. Tijuca, por sua vez, significa “água podre” em tupi.
Barra de Guaratiba
Na
cartografia do século 17, a área já tinha esse nome, que vem do
tupi e significa “sítio em que abundam as garças”. O bairro se
encontra na faixa entre manguezais e a Serra Geral de Guaratiba.
Barros Filho
A
família Costa
Barros era
proprietária dos latifúndios na região. O pai passou toda a área
para seu herdeiro, Barros
Filho.
Entre os anos de 1892 e 1898 foi instalada a estação de trem que
deu nome ao bairro atravessado pela Avenida Brasil.
Benfica
Antigamente,
os moradores chamavam a região de Praia Pequena e Praia Grande
devido às praias que existiam no local. A partir de determinado
momento, não se sabe ao certo quando, começaram a chamar o local de
Benfica. Estudiosos apostam na influência de moradores portugueses,
população em massa do local (existe em Lisboa, Portugal, uma região
que leva o mesmo nome).
Bento Ribeiro
Homenagem
a Bento
Manuel Ribeiro Carneiro Monteiro,
general e prefeito do Rio de 1910 a 1914, no governo do Marechal
Hermes da Fonseca.
Bonsucesso
O
nome “Bonsucesso” vem de D.
Cecília Vieira de Bonsucesso,
que, em 1754, reformou a capela da região, cortada pelo Rio Faria.
Brás de Pina
Brás
de Pina era, no século 18, o proprietário da região que originou o
bairro. Era, também, contratante da pesca da baleia e mantinha um
engenho de açúcar e aguardente. Bangu
– possui
2 versões para o nome: “paredão negro ou escurecido”, numa
referência à grande sombra projetada pelo Maciço da Pedra Branca
sobre o vale onde Bangu se localiza. A segunda versão atribuí a
palavra “banguê” (corruptela de bangu), vocábulo africano,
simbolizando uma espécie de padiola construída de couro ou trançado
de fibras, amarrada a dois varais e conduzida por dois homens, usada
para transporte de cana-de-açúcar, tijolos e outros materiais. É
possível, inclusive, que desse processo meio desordenado de
transporte tenha surgido a conhecida expressão “à bangu”, que é
“fazer alguma coisa sem a menor técnica, de improviso”.
Botafogo
Acabou
sendo batizado em 1590, quando Antônio
Francisco Velho vendeu
suas terras para um amigo, João
Pereira de Souza Botafogo.
O sobrenome era dado em Portugal aos especialistas em armas de fogo
manuais. Brás
de Pina – deve-se
ao antigo proprietário de suas terras, Brás de Pina, que aqui
mantinha um engenho de açúcar no século XVIII.
Cachambi
Caxamby,
de origem indígena, significa feixo, laço que amarra o capim ou
mato trançado. Suas terras eram formadas por vastos capinzais, muito
procurados para alimentar os animais, o que valorizava o terreno.
Camorim
Derivado
do tupi camury, que significa “mata com muitos mosquitos”, o nome
designa o bairro e sua principal estrada de acesso. Toda essa região
pertencia a Gonçalo
Correia de Sá,
onde, em 1625, mandou levantar a capela de São Gonçalo de Amarante,
padroeiro do lugar, que existe até hoje.
Campinho
No
cruzamento das atuais ruas Intendente Magalhães e Ernani Cardoso com
a Cândido Benício e a Domingos Lopes havia um local em que os
viajantes costumavam descansar, próximo a um pequeno campo onde
havia uma feira de gado – o campinho, como era chamada -, que
acabou dando nome ao lugar.
Campo dos Afonsos
A
área era ocupada pelo Engenho dos Afonsos, um vasto campo onde se
produzia açúcar e se criava gado. Antes da 1ª Guerra Mundial, o
Campo dos Afonsos foi ocupado pela Aeronáutica Civil e Militar e lá
foi instalada a primeira escola de aviação do Rio de Janeiro, em
1913.
Campo Grande
As
terras que iam do atual bairro de Deodoro, passavam por Bangu e iam
até Cosmos faziam parte das paragens conhecidas como o “campo
grande”.
Cascadura
A
origem do nome do bairro tem três versões: a primeira está ligada
à inglesa Maria
Graham,
que relatou, em 1824, um passeio à Fazenda Real de Santa Cruz,
fazendo referência ao local como “Casca D’Ouro”. A segunda
remonta à dificuldade que os operários tiveram para abrir, com
picaretas, a pedreira na construção da estrada de ferro – o
conjunto de pedras ganhou o apelido de “casca dura”. A terceira,
por fim, diz respeito a um dos primeiros moradores da região, um
comerciante bastante difícil, fechado para negociações e doações.
Caju
As
chácaras e sítios da região tinham muitos cajueiros, daí o nome
do bairro. Mas há outra versão que diz ser devido a um morro
localizado no bairro que tinha o formato de uma castanha de caju
Catete
Significa,
em tupi, “mato fechado”, e correspondia a um braço do Rio
Carioca que contornava o outeiro da Glória e desembocava no mar.
Catumbi
A
origem do bairro é um arraial às margens do Rio Catumbi (“água
do mato escuro” ou “rio sombreado”) habitado por ricos
proprietários de terras e escravos.
Cavalcanti
Com
a construção da antiga Estrada de Ferro Melhoramentos do Brasil, em
1892, foi implantada na região a estação Cavalcanti, uma homenagem
a Matias
Cavalcanti,
encarregado do tráfego da Central.
Centro
Após
a derrota imposta aos franceses invasores em 1567, o núcleo original
da Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro foi transferido da
Urca para o Morro do Castelo, um local mais protegido dos ataques de
estrangeiros e nativos hostis. Aos poucos, a população começou a
ocupar a planície localizada entre os morros do Castelo, de Santo
Antônio, de São Bento e da Conceição e a aterrar os pântanos e
lagoas existentes nesta área central, portanto centro da cidade.
O Governador-geral
Mem de Sá administrou
o Rio até junho de 1568, quando então nomeou seu sobrinho, Salvador
Correia de Sá,
capitão e governador. Começaram aí, de fato, as atividades
econômicas, sociais e o início do desenvolvimento urbano carioca.
Cidade de Deus
Na
década de 1960, o governador
Carlos Lacerda implementou
uma política de remoção das favelas situadas na Zona Sul da
cidade. Para isso, autorizou a construção de um grande conjunto
habitacional na baixada de Jacarepaguá. Surgiu assim a Cidade de
Deus. Desde o planejamento do conjunto, a ideia era usar nomes
bíblicos em logradouros. Sendo assim, suas ruas têm nomes de
personagens e cidades bíblicas, principalmente do Antigo Testamento.
Cidade Nova
Tem
registros que remontam ao período do reinado de D. João VI. Até o
início do século XIX, a região era um alagadiço que servia de
rota de passagem entre o Centro e as zonas rurais da Tijuca e São
Cristóvão. Com os aterros feitos com a intenção de melhorar esta
travessia, surgiu o projeto de impulsionar o crescimento da cidade
para a área, daí o nome.
Coelho Neto
Originalmente,
a região era denominada Areal. A família Amaral era a principal
proprietária das terras. Com a implantação da Estrada de Ferro Rio
D’Ouro, foi construída a estação do Areal, que depois passou a
se chamar Coelho Neto, uma homenagem a Henrique
Maximiano Coelho Neto (1864-1934),
famoso escritor, jornalista e membro da Academia Brasileira de Letras
que ocupou a cadeira 2.
Colégio
Na
região onde hoje está o bairro havia apenas um professor
público, José
Teodoro Burlamaqui.
O seu colégio, de 1860, ficava no cruzamento das estradas da Pavuna
e Barro Vermelho, cuja continuação ganharia o nome de Estrada do
Colégio.
Complexo do Alemão
A
ocupação da Serra da Misericórdia ocorreu no início do século 19
com Francisco José
Ferreira Rego.
Seus herdeiros venderam as terras para Joaquim
Leandro da Motta,
que dividiu a propriedade em grandes lotes. Um deles foi vendido
para Leonard
Kacsmarkiewiez,
polonês refugiado da Primeira Guerra Mundial que ficou conhecido
pelo apelido de “Alemão”, nome depois dado ao morro que lhe
pertencia.
Copacabana
Significa
mirante do azul, na língua Inca Quichua. Também existe uma cidade
boliviana nas margens do Lago Titicaca com o nome de Copacabana.
Originalmente, o nome do bairro era Sacopenapã que era um
areal deserto quando pescadores ergueram uma capelinha no extremo sul
da praia. Nela foi colocada a cópia de uma imagem de Nossa Senhora
de Copacabana, trazida por mercadores de prata bolivianos. A igreja
foi destruída para dar lugar ao Forte de Copacabana.
Cordovil
No
século 17, as terras pertenciam a Bartolomeu
de Siqueira Cordovil.
O Engenho dos Cordovil possuía extensos canaviais que se espalhavam
pela planície em direção a Irajá..
Cosme Velho
É
uma homenagem ao comerciante português Cosme
Velho Pereira que,
no século XVI, habitava a parte mais alta do vale do Carioca. Na
parte mais baixa do vale havia grande número de laranjeiras, também
originando o nome do bairro vizinho, “Laranjeiras”.
Cosmos
Nas
terras que pertenceram ao Engenho da Paciência, a Companhia
Imobiliária Cosmos construiu um grande loteamento, a Vila Igaratá.
Quando foi implantado o ramal ferroviário de Mangaratiba, uma área
foi cedida para a construção da Estação Cosmos, inaugurada em
1928, que deu nome ao bairro.
Costa Barros
A
região abrigava as fazendas da família Costa
Barros,
daí o nome do bairro.
Curicica
Corruptela
de ya-cury-ycica, “a árvore que baba”, da família das
palmáceas, o nome designou também a antiga Estrada de Jacarepaguá
que dava acesso à baixada fronteiriça ao Morro Dois Irmãos e
limitada pela Estrada de Guaratiba (atual Bandeirantes).
Del Castilho
Com
a construção da Estrada de Ferro Melhoramentos do Brasil (depois
Linha Auxiliar) em 1892, foi implantada na região a estação Del
Castilho, em homenagem a um engenheiro amigo de Paulo
de Frontin.
Deodoro
A
região era ocupada pelo Engenho Sapopemba (raiz achatada e
trançada), fundado por Gaspar da
Costa em
1612, e pela fazenda do Gericinó, na extensa baixada do Maciço do
Gericinó. Com a chegada da Estrada de Ferro Central do Brasil, foi
inaugurada, em 1859, a estação Sapopemba que, depois da instauração
da República, passou a se chamar Deodoro em homenagem ao Marechal
Deodoro da Fonseca.
Ela se tornou uma das maiores do subúrbio.
Encantado
Segundo
a tradição local, a origem do nome está relacionada ao rio que
corria em suas redondezas, o Rio Faria. Dizia-se que suas águas
encantadas tragavam tudo que nelas caíssem, até uma carroça com
condutor, cargas e burro.
Engenheiro Leal
Este
pequeno bairro situado no sopé do morro do Dendê era terra do
Engenho da Portela, da famíliaCardoso
Quintão.
Sua origem é a implantação da Estrada de Ferro Melhoramentos do
Brasil, depois chamada de Linha Auxiliar, em 1892. Nela, foi
instalada a Estação Engenheiro Leal, companheiro de Paulo
de Frontin e Magno
de Carvalho,
no início do século 20.
Engenho da Rainha
As
terras pertenciam inicialmente ao Engenho da Pedra ou de Bonsucesso,
e se expandiam desde a orla da Baía de Guanabara até Inhaúma. A
rainha Dona
Carlota Joaquina,
esposa de Dom João
VI,comprou
uma quarta parte do engenho onde havia uma casa de 15 quartos,
próxima à atual Rua Dona Luísa. Por isso o nome do bairro.
Engenho de Dentro
O
nome surgiu de um engenho de açúcar existente no local, que
pertencia ao mestre de campos João
Árias de Aguirre,
no século XVIII. A abertura da Estrada de Ferro Dom Pedro II,
depois Central do Brasil, trouxe ao bairro grandes oficinas
ferroviárias, consideradas as mais importantes da América Latina em
1881. A estação do Engenho de Dentro foi inaugurada em 1873 e, mais
tarde, foi demolida. Em 1937, foi construída a atual.
Engenho Novo
O
nome tem origem no Engenho Novo dos Jesuítas, construído em 1707.
Estácio
A
região era um matagal onde se refugiavam os porcos dos matadouros
próximos, daí seu antigo nome de Mata-Porcos. Quando foi se
firmando como bairro, com a chegada de cada vez mais moradores, a
área passou a se chamar Estácio em homenagem ao fundador da
Cidade, Estácio
de Sá.
Flamengo
uma
homenagem ao navegador flamengo, na verdade holandês, Olivier
Van Noort,
também conhecido como LeBlond. Há outras duas versões, que vem dos
prisioneiros holandeses da região, ou os flamengos. Ou mesmo
relacionado aos flamingos que frequentavam a região na época.
Gamboa
A
alcunha deste bairro, que tinha uma das mais antigas praias do
litoral carioca urbano, está ligada às gamboas ou camboas, pequenas
represas feitas pelos pescadores locais para prender os peixes que
entravam nas águas calmas entre a Praia da Saúde e o Saco do
Alferes.
Gardênia Azul
O
bairro fica nas terras do antigo Engenho D’Água de Jacarepaguá,
fundado pelo filho do Barão
da Taquara,
o médico e vereador Francisco
Pinto da Fonseca.
Na década de 1960, foi implantado o loteamento que deu nome ao
bairro, com acesso pelas estradas do Capão (atual Avenida Tenente
Coronel Muniz de Aragão) e do Engenho D’Água.
Gávea
Devido
à vista privilegiada da Pedra da Gávea (embora esta se localize em
São Conrado, outro bairro), que por sua vez foi assim batizada por
ter em seu topo uma formação rochosa semelhante à gávea dos
navios.
Gericinó
Corruptela
de Iarí-Airy (“em cima, no alto”) e Cin-ó (“liso e fechado”),
ou seja, “morro liso e fechado”, Gericinó levou o nome do morro
homônimo de 889 metros de altura na divisa com o município de
Mesquita. O novo bairro foi desmembrado de Bangu oficialmente em
2004.
Glória
O
bairro deve seu nome à Igreja de Nossa Senhora da Glória do
Outeiro, uma das primeiras construídas na cidade no século XVIII,
em torno da qual se consolidou o povoamento da região.
Grajaú
Foi
dado em homenagem a cidade de Grajaú, terra natal do engenheiro que
projetou, em 1920, o bairro,Antônio
Eugênio Richard Júnior,
no interior do Maranhão. Várias ruas do bairro tem nome de cidades
e rios maranhenses. Richard vem a ser avô de Sergio
Castro,
empresário do ramo imobiliário e fundador da Sergio
Castro Imóveis,
logo Richard é bisavô do atual diretor da empresa, Claudio
Castro.
Grumari
Do
indígena “curu” (seixos, pedras soltas) e “mari” (que produz
água), também designa uma árvore encontrada nas encostas da
região. Cercada pelas serras do Grumari, de
Guaratiba
e de Piabas, é a última área natural e preservada do litoral
carioca, incluindo a praia do Grumari, a vegetação de restinga e as
praias selvagens acessíveis por trilhas.
Guadalupe
O
nome do bairro foi uma sugestão de Dona
Darcy Vargas,
esposa do presidente Getúlio
Vargas,
em homenagem à padroeira da América Latina, Nossa Senhora de
Guadalupe.
Guaratiba
Em
indígena, significa “abundância de guarás”, aves aquáticas
pernaltas. A Freguesia de Guaratiba foi criada em 1755, por
iniciativa de Dom
José de Barros Alarcão,
com terras desmembradas da Freguesia de Irajá.
Higienópolis
Originalmente,
a área era ocupada por uma fazenda com lavouras. Foi, mais tarde,
convertida pela família Darke
de Matos,
proprietária do Café Globo, no bairro “Cidade Jardim
Higienópolis”. O projeto é de 1934, durante a gestão do
prefeito Pedro
Ernesto.
Honório Gurgel
Com
a inauguração da Estrada de Ferro Melhoramentos do Brasil (depois
Linha Auxiliar), em 1892, a região passou a abrigar a Estação de
Munguengue. Mais tarde, ela teve o nome alterado para Honório Gurgel
em homenagem ao Tenente
Honório Gurgel do Amaral,
vereador cujo pai possuía uma fazenda em Irajá.
Humaitá
Seu
nome provém da batalha do Humaitá, travada na Guerra do Paraguai.
Os índios chamavam a região de Itaóca, devido à gruta que existia
naquela área.
Inhaúma
Vem
de “i” (água) e “n-hdú” (lodo, lama, barro), ou seja, “água
suja”. Designava a extensa planície entre a Baía de Guanabara, a
Serra da Misericórdia, e os morros dos Urubus e Juramento.
Originalmente existia na região uma aldeia de índios tamoios.
Inhoaíba
O
nome é uma corruptela de “nhu” (campo), “ahyba” (ruim),
denominação dada pelos indígenas à baixada entre a serra de mesmo
nome e Campo Grande. Com a implantação do ramal ferroviário de
Mangaratiba, atual ramal de Santa Cruz, foi inaugurada em 1912 a
estação Engenheiro Trindade, depois chamada de Inhoaíba. Ficou
assim consolidado o nome do bairro. Porém, há quem diga que
venha de
“Terras do Senhor Aníbal”. Como se falava Nhô Anibal, pegou,
foi indo até chegar ao Inhoaíba.
Itanhagá
Este
nome tem origem na grande pedra situada à beira da Lagoa da Tijuca:
Ita (pedra) e Anhangá (fantasmagórica), ou ”pedra que fala”. Os
ventos produziam sons que apavoravam os indígenas.
Ipanema
Significa
“águas perigosas” em tupi. Mas o nome não se refere ao bairro e
sim a um rio paulista, em Iperó. O bairro recebeu esse em homenagem
ao primeiro Barão e Conde
de Ipanema (não por
acaso nome de uma rua em Copacabana),
por seu filho o 2º Barão de Ipanema, o Comendador
José Antonio Moreira Filho,
que adquiriu um dos dois lotes da antiga Fazenda
Copacabana.
Em 1883 o Barão de Ipanema criou o Loteamento Villa Ipanema, tendo
como sócio Antonio
José Silva e
o autor do projeto, o engenheiro Luís
Raphael Vieira Souto,
no que viria a ser Ipanema.
Irajá
A
origem deste nome tem duas versões. Na primeira, Irajá significa “o
mel brota”, nome dado pelos índios Muduriás que habitavam a
região. Na segunda, o nome viria de “Aribo” (rio que brota do
alto do morro e cai abaixo), referindo-se ao Rio Irajá, que nasce no
Morro do Juramento e deságua na Baía de Guanabara..
Jacaré
É
uma corruptela de “yacaré” (torto, sinuoso), em alusão às
voltas que o Rio Jacaré dá.
Jacarepaguá
Deriva-se
de três palavras da língua Tupi-Guarani: YACARE (jacaré), UPÁ
(lagoa) e GUÁ (baixa) – A “Baixa lagoa dos jacarés”. Na época
da colonização, as lagoas da baixada de Jacarepaguá eram repletas
de jacarés.
Jacarezinho
Na
região do atual bairro Jacaré existia uma chácara entre o rio e a
antiga fábrica Cruzeiro (depois substituída pela General Eletric),
ocupada por casebres. Os moradores eram considerados invasores e, a
partir da década de 1920, a população foi aumentando devido à
instalação de indústrias na região e na Avenida Suburbana (atual
Dom Helder Câmara). Com as migrações dos anos 50, a área sofreu
adensamento considerável, com consequente valorização da terra, o
que levou um de seus donos à justiça para remover os moradores. A
população residente reagiu e conseguiu permanecer no local fazendo
com que as terras fossem restituídas ao governo. Em 1980, foram
realizadas obras de infraestrutura na comunidade (ou favela) do
Jacarezinho. Seis anos depois, foi criada a XXVIII Região
Jardim América
Originou-se
no Projeto de Arruamento e Loteamento Proletário denominado “Jardim
América” em terreno situado à Rodovia Presidente Dutra. O
loteamento, de 1957, resultou em 39 logradouros, 2782 lotes
residenciais, 124 comerciais e 90 industriais atravessados pelo Rio
dos Cachorros e pela faixa das linhas de transmissão elétrica da
Light.
Ilha do Governador
Habitada
pelos índios Temiminós, que a abandonaram em conseqüência dos
ataques de inimigos Tamoios e traficantes franceses de pau-brasil, os
quais foram definitivamente expulsos em 1567, pelos portugueses foi
doada a 5 de setembro desse ano por Mem
de Sá a
seu sobrinho Salvador
Correia de Sá (o
Velho), futuro governador (daí o nome do bairro) da capitania. Ele
se instalou na ilha em posição privilegiada, na elevação acima da
atual Praia do Engenho Velho, de onde tinha o controle da Baía de
Guanabara.
Jardim Botânico
Leva
esse nome por ser a localização do Jardim Botânico do Rio de
Janeiro, fundado por Dom João VI.
Jardim Sulacap
Tem
como origem o projeto de arruamento e loteamento feito em 1951 pela
Cia Sul América Capitalização S.A. (daí o nome), junto à estrada
Intendente Magalhães e ao Campo dos Afonsos. O bairro é
predominantemente residencial e sua população é formada, em sua
maioria, por famílias de militares.
Joá
A
denominação do bairro é originária do nome de um antigo morador,
o francês Laurence
Anchois,
cujo sobrenome era pronunciado “Chuá”. Outra versão diz
respeito ao morro da região, o Joatinga, que vem de yuá-tinga e
significa “limoso, esbranquiçado”
Lagoa
A
região tem como referencial histórico e atual a Lagoa
de Sacopenapã,
nome dado pelos índios Tupinambás, que significava “local ou
caminho dos socós”, aves pernaltas comuns nessas paragens. Também
a denominavam de Capopenipem,
local de raízes chatas do fundo lamacento da lagoa.
Laranjeiras
Na
época do Rio Colonial, havia sítios e chácaras com muitas
laranjeiras nesta região, o que acabou dando nome ao bairro.
Largo do Pechincha
Recebeu
o nome devido ao comércio tradicional e forte, onde funcionava um
grande mercado, frequentado por pessoas de todas as partes da cidade
que barganhavam na hora de comprar as mercadorias. Então, quando se
queria comprar alguma coisa, as pessoas diziam que iam pechinchar no
largo.
Leblon
O
nome teve sua origem numa chácara pertencente ao holandês Charles
Le Blon que
existia no local em meados do Século XIX e passou a ser chamado
de Campo
do Leblon.
Em 1845 virou uma fazenda de gado.
Leme
Por
causa da Pedra do Leme, contornada pelas praias da Urca e Botafogo e
cujo formato, visto de cima, se assemelha ao do leme de um navio.
Lins de Vasconcelos
O Médico-Major
Modesto Benjamim Lins de Vasconcelos possuía
propriedade no alto da Estrada da Serra do Matheus, que depois levou
o nome de sua tradicional família, Lins
de Vasconcelos.
Madureira
O
nome do bairro vem de Lourenço
Madureira,
que, no século 19, era lavrador e criador de gado em terras da
antiga Fazenda do Campinho, existente desde o início do século 17.
Magalhães Bastos
Originalmente,
o local era conhecido como Fazenda das Mangueiras e, depois, Vila São
José. Com a inauguração do ramal ferroviário de Mangaratiba, em
1878, foi implantada a estação Coronel Magalhães Bastos em
homenagem a Antonio
Leite de Magalhães Bastos Filho,
comandante do primeiro batalhão de engenharia, que deu nome ao
bairro.
Mangueira
As
terras pertenciam ao Visconde
de Niterói e
ficavam juntas ao Morro do Telégrafo, assim chamado pela
inauguração, em 1852, do primeiro telégrafo aéreo do Brasil,
próximo à Quinta da Boa Vista. Ali foi instalada a Fábrica
de Fernando
Fraga,
que produzia chapéus e passou a ser conhecida como Fábrica das
Mangueiras pela intensa produção de mangas na região. A indústria
acabou adotando o nome de Fábrica de Chapéus Mangueira. A Central
do Brasil aproveitou a popularização da alcunha e batizou de
Mangueira a estação de trem inaugurada em 1889.
Manguinhos
Como
o próprio nome diz, tratava-se de uma grande região alagadiça,
repleta de mangues, situada entre o Caju, a Praia Pequena de Benfica
e as terras do Engenho da Pedra, prolongamento do antigo Saco de
Inhaúma, na Baía de Guanabara. Incluía a ilha do Pinheiro e a ilha
do Bom Jardim.
Maracanã
Vem
do tupi maraka’nã, que significa papagaio. Provavelmente o rio
homônimo recebeu este nome por ter suas cercanias habitadas por uma
ou mais espécies destes pássaros.
Maré
Toda
a região era constituída por pântanos e manguezais junto à orla
da Baía de Guanabara. O termo “maré” tem origem no fenômeno
natural que afligia os moradores das palafitas da região a partir da
década de 1940.
Marechal Hermes
Fundado
em 1913, o bairro foi o primeiro no Brasil implantado como uma vila
proletária e planejado para ser estritamente residencial, com
direito à infraestrutura de serviços públicos. Foi idealizado pelo
então presidente
Marechal Hermes da Fonseca para
suprir a carência de moradias populares.
Maria da Graça
Na
região ficava a Fazenda Maria da Graça, da família
Cardoso Martins.
Foi adquirida, mais tarde, pela Companhia Imobiliária Nacional que,
em 1934, fez o arruamento e loteamento do bairro.
Méier
As
terras abrigavam, no início do século 19, a extensa Quinta dos
Duques, de José
Paulo da Mata Duque Estrada e Dulce
de Castro Azambuja.
A filha do casal, Jerônima
Duque Estrada,
casou-se com o guarda-roupas do Paço, o Comendador
Miguel João Meyer,
descendente de alemães. O primogênito dos nove filhos, Augusto
Duque Estrada Meyer,
se destacou como acompanhante do Imperador
Dom Pedro II, recebendo
o título de Camarista e extensas terras abrangendo desde a Estrada
Grande (atual Dias da Cruz) até a Serra dos Pretos Forros. O
Camarista Meyer abriu várias ruas em suas propriedades, dando a elas
nomes de seus familiares, como Carolina
Meyer, Frederico
Meyer e Joaquim
Meyer.
Formava-se o atual bairro do Méier, versão aportuguesada do
sobrenome.
Olaria
Em
1820, Francisco
José Pereira Rego comprou
terras entre o Caminho da Matriz (Itararé) e o Morro da Penha. Ali,
a família Rego viria a instalar várias olarias para atender a
vizinhança, aproveitando o terreno de barro vermelho. Outras
fábricas de tijolos surgiram fazendo com que o local ficasse
conhecido como “região das olarias”.
Oswaldo Cruz
Com
a implantação da Estrada de Ferro Dom Pedro II, depois Central do
Brasil, foi fundada na região, em 1898, a Estação Rio das Pedras.
Mais tarde, o nome mudou para Oswaldo Cruz em homenagem ao grande
médico sanitarista que erradicou a febre amarela no Rio de Janeiro e
implantou o Instituto em Manguinhos.
Paciência
Deve
seu nome ao Engenho da Paciência, de João
Francisco da Silva,
a mais antiga e importante fazenda de cana existente no Brasil.
Ficava na Estrada Real de Santa Cruz, onde, no início do século 19,
se hospedavam príncipes e nobres nas excursões à Fazenda Real.
Padre Miguel
O
nome homenageia o Padre
e Monsenhor Miguel de Santa Maria Mochon,
espanhol de Andaluzia e vigário de Realengo. Nascido em 1879, Padre
Miguel foi o reformador da Igreja Nossa Senhora da Conceição e o
criador da primeira Escola Regular da Região, estendendo suas
viagens de catequização aos engenhos de Nossa Senhora da Conceição
da Pavuna e do Botafogo. Além de incentivar o teatro amador, foi o
segundo personagem da cidade a exibir filmes de curta duração –
sua casa paroquial se transformou em sala de projeção e cinema de
referência local.
Parada de Lucas
O
nome se refere a José
Lucas de Almeida, um
próspero agricultor que morreu aos 94 anos de idade. Quando da
implantação da Estrada de Ferro Leopoldina (antiga Estrada de Ferro
Norte), José Lucas doou parte de suas terras para uma parada de
trens que, em 1949, tornou-se a estação Parada de Lucas.
Parque Anchieta
Parque
Anchieta é um desmembramento do bairro de Anchieta que tem como
origem loteamento de 1969 compreendendo 1639 lotes, 27 ruas e quatro
praças.
Parque Colúmbia
Em
1956 surgiu um Projeto de Arruamento e Loteamento Misto, Proletário
e Industrial, a 229 metros da rodovia Presidente Dutra, entre o Rio
Acari e a Rua Embaú, resultando em sete ruas. O projeto foi
implantado na propriedade da empresa Ferrometais Colombo Comércio e
Indústria S.A., daí o nome Parque Colúmbia.
Paquetá
A
ilha foi descoberta em 1556 por André Thevet, cartógrafo de
Villegagnon, durante a invasão francesa ao Rio de Janeiro. Nome dado
pelos Tamoios, Paquetá vem de “Pac” (paca) e “eta” (muitas),
significando “lugar de muitas pacas”. Outros dizem que pode
significar muitas conchas, ou muitas pedras. Mas escritos de André
Thevet narra a abundância na ilha do animal Pacarana, parente
próximo da paca.
Pavuna
Vem
do indígena “pabuna” ou “ypabuna”, que significa lugar ou
região escura, sombria. A palavra deu nome ao bairro e ao rio de 14
quilômetros de curso que separa o Rio dos municípios da Baixada
Fluminense. No século 16, os franceses registraram aldeias de índios
Tupis em seus mapas, e uma delas, a aldeia de Upabuna, estaria às
margens do referido rio.
Pedra de Guaratiba
Sua
denominação teve origem na partilha das terras da região de
Guaratiba entre os herdeiros de seu primeiro donatário, Manoel
Velloso Espinha.
Com a sua morte, seus dois filhos Jerônimo
Velloso Cubas e Manoel
Espinha Filho
herdaram a freguesia de Guaratiba. Através de mútuo entendimento,
dividiram entre eles as terras herdadas do pai, ficando Jerônimo com
a parte norte e Manoel com a leste, tendo o Rio Piraquê como marco
divisório.
Penha
Em
homenagem à Nossa Senhora da Penha, por causa de uma lenda de um
viajante francês que percorria o Brasil e estava em São Paulo. Uma
noite pernoitou lá pelos lados de onde hoje é o bairro. Amarrada ao
cavalo estava uma imagem de Nossa Senhora. Ele acordou no outro dia e
pôs-se a caminho. Léguas mais tarde deu pela falta da santa, voltou
e encontrou a imagem no mesmo lugar onde estava dormindo. Colocou-a
de volta no alforje e partiu. Horas depois o viajante descobre que a
Nossa Senhora não está mais com ele. Volta novamente, e lá está
ela, no mesmo lugar. Aí chegou à conclusão que a santa escolhera
aquele lugar para ficar. Assim o francês construiu ali uma capela.
Já a história oficial diz que a primeira capela em louvor a
Nossa Senhora da Penha foi erguida em Vila Velha, antiga capitania do
Espírito Santo, entre 1558 e 1570. A segunda surgiu no Rio de
Janeiro após a fundação da Fazenda de Nossa Senhora da Ajuda,
propriedade do capitão
português Baltazar de Abreu Cardoso.
Por volta do ano de 1635, o Capitão Baltazar, ao ser atacado por uma
cobra, pediu auxilio a Nossa Senhora da Penha. Agradecido por ter se
livrado do perigo, construiu uma pequena capela no alto de suas
terras, onde colocou uma imagem da santa. Pessoas que viam a pequena
capela à distância logo passaram a subir a grande pedra para rezar
e agradecer.
Penha Circular
As
origens do bairro coincidem com a história do bairro da Penha. Seu
nome vem da existência, no início da década de 1930, de uma linha
circular destinada a permitir o retorno dos trens de subúrbios. A
linha circular da Penha foi desativada na década de 40, sendo
construída a estação de Penha Circular, que deu nome ao bairro.
Piedade
O
nome do bairro era “Terra dos Gambás” (por existirem gambás aos
montes) e os moradores se reuniram e escreveram uma cartinha para o
diretor da Estrada de Ferro Central do Brasil, no fim do século 19,
quem teria escrito foi a esposa de Assis
Carneiro,
leiloeiro e dono de chácara. O texto era o seguinte: “Por piedade,
doutor, troque o nome da nossa estaçãozinha”. O apelo acabou
dando certo. “O diretor respondeu: “Perfeitamente minha senhora,
ela se chamará Piedade”.
Pilares
Em
1873, as fazendas da região pertenciam a Francisca
Carolina de Mendonça Zieze e
a seu genroGaspar
Augusto Nascente Zieze.
Eles doaram o terreno no qual a Irmandade de São Benedito dos
Pilares levantaria a sua capela, remodelada mais tarde pelo Padre
José Corrêa.
Mas o nome Pilares tem duas versões: viria da Venda dos Pilares,
devido aos adornos de pedra destacados na edificação, ou do largo
do bairro, uma das paradas da Estrada Real de Santa Cruz (depois
Avenida Suburbana e, hoje, Avenida Dom Hélder Câmara), onde havia
pequenos pilares que serviam para amarrar cavalos, rodeando uma fonte
d’água..
Praça da Bandeira
Em
1853, exatamente no local onde hoje está a praça, foi construído o
antigo Matadouro da Cidade. Evoluiu em volta dele o Largo do
Matadouro, que se tornou o centro de gravidade para o adensamento das
cercanias. A região foi urbanizada no início do século 20, após
transferência do Matadouro, em 1881, para Santa Cruz. A construção
da Avenida Radial Oeste (atual Oswaldo Aranha) e do Trevo das Forças
Armadas alterou a área nas décadas de 60/70, assim como a abertura
do metrô. A antiga Estação Lauro Müller da Supervia passou a se
chamar Praça da Bandeira.
Praça Seca
O general
Salvador Correia de Sá e Benevides (1601-1688)
lutou contra os holandeses em Angola, defendendo os interesses
portugueses. Foi governador do Rio de Janeiro por três períodos
(1637-1642, 1648-1649 e 1659-1660), levando desenvolvimento à
região. Faleceu em Lisboa em 1688, deixando suas terras para o
filho, Martim
Correia de Sá e Benevides,
que se tornou o primeiro Visconde
de Asseca e
Alcaide-Mór do Rio de Janeiro. Dessa linhagem nobre dos Assecas, o
quarto Visconde (1698-1777) foi o responsável pelos primeiros
vestígios de povoamento mais efetivos em torno da Praça Seca
(corruptela de Praça Asseca, ou Praç’Asseca).
Quintino Bocaiúva
A
abertura da Estrada de Ferro Dom Pedro II, depois Central do Brasil,
deu ao local a Estação Cupertino (dono de grande pedreira
fornecedora para construções na cidade), inaugurada em 1º de maio
de 1876. O nome foi mudado em 1912 para Quintino
Bocaiúva em
homenagem ao parlamentar, jornalista e comandante civil da
Proclamação da República, que morou numa chácara nas
proximidades.
Ramos
Dona
Leonor Mascarenhas de Oliveira deixou,
em meados do século 19, treze lotes da Fazenda de Nossa Senhora de
Bonsucesso para serem divididos entre parentes e amigos. João
Torquato de Oliveira herdou
a casa e a fazenda-sede, região dos atuais núcleos de Bonsucesso e
Ramos. Em 1870, sua viúva, Francisca
Hayden,
vendeu ao Capitão
Luiz José Fonseca Ramos terras
que abrangiam o Sítio dos Bambus, onde Ramos começou a prosperar. O
bairro surgiu por obra dos descendentes do Capitão Ramos, quando os
trilhos da Estrada de Ferro do Norte (Leopoldina) chegaram à área,
onde foi construída a Parada de Ramos.
Realengo
O
nome teria como origem o termo Campos Realengos, usado para nomear os
campos de serventia pública que eram utilizados, principalmente,
para a pastagem do gado por parte dos que não possuíam terra
própria. Há uma versão, mais lendária, que diz que significa
‘Real Engenho’, que abreviado lia-se ‘Real Engo.’
Recreio dos Bandeirantes
As
terras pertenciam ao Banco de Crédito Móvel, que as loteou em duas
glebas. Joseph
Weslley Finch comprou,
nos anos 20, umas delas e costumava promover visitas de fim de semana
para interessados na compra de seus lotes. Muitos paulistas
adquiriram terrenos à beira-mar e construíram casas de veraneio.
Por isso, a gleba de Finch passou a ser conhecida como Recreio dos
Bandeirantes, e foi registrada como Jardim Recreio dos Bandeirantes.
Mais tarde, todo o bairro passou a ter o mesmo nome.
Riachuelo
Surgiu
nas terras da antiga fazenda do Engenho Novo, desmembrada em chácaras
e, depois, ocupadas por loteamentos. A Estação Ferroviária, de
1869, se chamava Riachuelo do Rio em homenagem a uma batalha naval.
Ricardo de Albuquerque
A
estação de Ricardo de Albuquerque, inaugurada em 1913, deve seu
nome a José
Ricardo de Albuquerque,
antigo diretor da ferrovia e poeta.
Rio Comprido
É
uma referência ao longo Rio Iguaçu, que cruzava a região conhecida
como Catumbi Pequeno (compreende atualmente o Rio Comprido e parte do
Estácio). A área abrigou o Quartel General do Exército na época
de Dom João VI, se tornando um bairro agradável para os ingleses,
que nele habitavam em casas próprias ou propriedades cercadas de
amplos quintais. A chácara mais famosa foi a do Bispo
Frei Antonio do Desterro,
erguida no século 17, também conhecida como Casa do Bispo, que
serviu de residência episcopal até 1873, quando ali se instalou o
Seminário São José. O prédio foi tombado pelo patrimônio
histórico.
Rocha
A
estação de trem inaugurada em 1885 e extinta em 1960 recebeu o nome
de um guarda-cancela da ferrovia, que também batizou o bairro.
Rocha Miranda
As
terras pertenciam à Fazenda do Sapê, cujo proprietário, no século
19, era o Barão
de Mesquita.
Em 1916, a fazenda seria adquirida pela família Rocha
Miranda,
que promoveu o loteamento da região com a abertura de várias ruas
com nomes de pedras preciosas: dos Topázios, das Esmeraldas, dos
Rubis, dos Diamantes, Ametistas, Ônix, Turquesas etc.
Rocinha
Sitiantes
passaram a ocupar as terras da antiga fazenda Quebra-Cangalha por
volta de 1930. Elas foram divididas em pequenas chácaras em que
cultivavam hortaliças vendidas na feira do Largo das Três Vendas
(atual Praça Santos Dumont, na Gávea). Os comerciantes diziam para
os fregueses que seus produtos vinham de suas “rocinhas” no Alto
da Gávea e, a partir daí, o nome Rocinha se popularizou.
Sampaio
A
estação de trem homônima da região é uma homenagem ao Coronel
Sampaio,
Patrono da Infantaria.
Santa Cruz
A
terra foi a princípio doada a Cristovão
Monteiro,
depois passou a pertencer a Companhia de Jesus, os jesuítas que
colocaram uma grande cruz de madeira, pintada de preto, encaixada em
uma base de pedra sustentada por um pilar de granito. Mais tarde, já
durante o Império, o cruzeiro seria substituído por outro de
dimensões menores. E, atualmente existe uma cruz no mesmo local, mas
não é o cruzeiro histórico, e sim uma réplica que foi erigida
durante o comando do então Coronel
Carlos Patrício Freitas Pereira.
O cruzeiro deu nome à Santa Cruz. A poderosa fazenda de Santa Cruz,
um imenso latifúndio, se tornou a mais desenvolvida da Capitania,
com milhares de escravos, cabeças de gado e variados tipos de
cultivo.
Santa Teresa
Antigamente,
o bairro se chamava Morro do Desterro, com acesso pela atual Ladeira
de Santa Teresa, onde foi construída a capelinha de Nossa Senhora do
Desterro, em 1629. Depois, em 1750, o Governador
Gomes Freire de Andrade construiu
o Convento de Santa Teresa para abrigar a ordem de religiosas.
Santo Cristo
Em
1879, o bairro teve grande parte aterrada pela Empresa de
Melhoramentos do Brasil. As Ilhas dos Melões e das Moças,
localizadas no antigo Saco do Alferes próximas à atual Rodoviária
Novo Rio, foram extintas para a construção do Cais do Porto, no
início do século 20. Esses aterros deram origem ao atual bairro de
Santo Cristo, cuja Igreja de Santo Cristo dos Milagres, erguida em
1872, localiza-se no atual Largo de Santo Cristo, antigo Largo do
Gambá.
Santíssimo
Nesta
localidade ficava o Engenho do Lameirão, de Manuel
Suzano,
com sua capela de Nossa Senhora da Conceição do Lameirão, o templo
mais importante das redondezas. Em 1750, a capela teve permissão
para manter em sacrário o Santíssimo Sacramento e, para isso, foi
criada uma irmandade. Este acontecimento passou a designar de
Santíssimo toda a região situada entre Bangu e Campo Grande,
batizando o atual bairro.
São Clemente
Por
causa de um grande proprietário de terrenos naquela parte da cidade,
o Sr. Clemente de Matos, muito devoto do santo do qual havia herdado
o nome.
São Conrado
No
início do século 20, o Comendador Conrado Jacob Niemeyer possuía
grande fazenda na região e nela ergueu uma pequena igreja, em 1916,
em devoção a São Conrado.
São Cristovão
O
nome se deve à igrejinha dedicada ao santo erguida pela Companhia de
Jesus junto à praia habitada apenas por alguns pescadores. Com a
expulsão dos jesuítas em 1759 e a chegada da Família Real em 1808,
a região antes destinada à agricultura e à pecuária foi retalhada
e dividida em chácaras, então adquiridas por ricos comerciantes.
São Francisco Xavier
O
bairro é um dos menores do Rio. As terras pertenciam ao Engenho Novo
dos Jesuítas, construído a partir de 1707. Daí o nome em homenagem
a um santo.
Saúde
Recebeu
este nome por origem de uma promessa religiosa a Nossa Senhora da
Saúde, que salvou a esposa de um rico comerciante português, Manuel
Negreiros,
que ergueu em 1742 a Capela de Nossa Senhora da Saúde, sobre um
morro rochoso de frente ao mar. No século 17, seus trechos eram
conhecidos como Valongo e Valonguinho.
Senador Camará
O
trem chegou à região por intermédio do ramal de Mangaratiba, sendo
inaugurada a estação Senador Camará em 1923, uma homenagem
a Otacílio
de Carvalho Camará,
gaúcho, deputado pelo Distrito Federal (1915) e senador em 1919.
Senador Vasconcelos
Pela
região passou a antiga estrada Rio-São Paulo, onde foi instalada,
em 1914, a Estação Senador
Augusto Vasconcelos.
Trata-se de uma homenagem a um senador federal que também deu nome
ao bairro.
Sepetiba
Em
tupi, significa sítio dos sapês. A região já foi coberta de
florestas.
Tanque
No
final do século XIX havia grande circulação de bondes com tração
animal pela região e esse local fazia parte do trajeto entre a
“Porta D’Água”, na Freguesia, e a Taquara. Por isso, em 1875,
foi construído um grande reservatório para cavalos e burros matarem
a sede. Desde então, passou a ser chamado de Largo do Tanque..
Taquara
É
uma espécie de bambu abundante na região, utilizado em cercas e na
fabricação de cestos.
Tijuca
O
nome Tijuca, de origem indígena, significa água podre, charco ou
brejo. Referia-se às lagoas da atual Barra, depois passou para as
montanhas, floresta e vertente oposta, correspondendo à antiga
região do Andaraí Pequeno que, entre os séculos 19 e 20,
transformou-se no atual bairro da Tijuca. Na década de 70, parte do
Andaraí Grande foi incorporada a ele.
Todos os Santos
Era
inicialmente um prolongamento do Méier. A Estação Ferroviária de
Todos os Santos (daí o nome), inaugurada em 1868, foi extinta no
final da década de 1960.
Tomás Coelho
Servido
pelos trens da antiga Estrada de Ferro Melhoramentos do Brasil (mais
tarde Linha Auxiliar), a região ganhou a Estação Tomás Coelho. O
nome é uma homenagem ao Conselheiro
Thomaz Coelho,
Ministro da Guerra no Segundo Reinado que instalou o Colégio Militar
na Tijuca, em 1889.
Turiaçu
Corruptela
de “tury” ou “tory” (facho) e “açú”, (grande, extenso),
significa “fogaréu” ou ainda “fogaréu feito de sapê”. Na
região, atravessada pela Estrada do Otaviano, ficava o Engenho do
Vira-Mundo, último grande fabricante de rapadura e cachaça depois
da decadência do Engenho de Portela.
Urca
Há
lendas sobre o nome, tem quem diga que era o nome do navio do
holandês Olivier
Van Noort,
o LeBlond.
Outras que é por causa do morro rochoso que lembra um tipo de
embarcação antiga usada pelos holandeses para transporte de carga.
Vargem Grande
As
terras pertenciam à sesmaria de Gonçalo
Correia de Sá.
Sua filha, Dona
Vitória de Sá,
as doaria mais tarde aos Monges Beneditinos. Ali, Frei
Lourenço da Expectação Valadares criou,
no século 18, a fazenda Vargem Grande, cujas ruínas ainda existem
no Sítio Petra, número 10636 da atual Estrada dos Bandeirantes.
Vargem Pequena
A
região era parte da enorme sesmaria de Gonçalo
Correia de Sá e
foi dada em 1628, como dote, a Dom
Luiz de Céspedes (governador
geral do Paraguai), marido de sua filha, Dona
Vitória de Sá.
Com a morte dela, em 1667, a propriedade seria deixada para os Monges
Beneditinos, que dividiram o Engenho do Camorim da família, criando
a fazenda de Vargem Pequena.
Vasco da Gama
Em
1998, ano do centenário do Clube de Regatas Vasco da Gama, um
projeto transformou a área onde fica a sede / estádio do clube e
suas adjacências, incluindo a Comunidade Barreira do Vasco, no
bairro Vasco da Gama.
Vaz Lobo
Grandes
chácaras onde se cultivava café, aipim e batata doce, entre os
morros do Sapê e da Serrinha, ocupavam a área. Uma delas, a
do Capitão-Tenente
José Maria Vaz Lobo,
no cruzamento com a Estrada de Irajá (atual Avenida Monsenhor
Félix), deu nome ao bairro.
Vicente de Carvalho
O
nome do bairro se refere a um fazendeiro local, Vicente
de Carvalho,
que batizaria também a estrada e a estação da Estrada de Ferro Rio
D’ Ouro, implantada na segunda metade do século 19.
Vidigal
O
major de milícias e intendente da polícia Miguel
Nunes Vidigal,
de grande influência no Primeiro Império, recebeu dos monges
beneditinos, em 1820, extensas terras que iam das encostas da Pedra
Dois Irmãos até o mar, onde construiu a Chácara do Vidigal. Em
1886, seus herdeiros venderam a propriedade ao engenheiro João
Dantas.
Vigário Geral
Nas
terras pantanosas da região havia a Fazenda Nossa Senhora das
Graças, que abrigava o Engenho do Vigário Geral, também conhecido
como Engenho Velho. O tal vigário geral seria o Cônego
Dr. Luiz Borges da Silva Oliveira,
dono do Engenho Nossa Senhora das Graças na segunda metade do século
18. No entanto, existem fontes citando o monsenhor
Félix de Albuquerque ou
o Padre
Dr. Clemente de Matos,
ambos donos do Engenho de Irajá, como o “Vigário Geral” que deu
nome ao bairro.
Vila Cosmos
A
Companhia Urbanizadora Imobiliária Kosmos (daí o nome), que algumas
vezes é grafado assim com K, construiu o loteamento Vila Florença,
implantado em 1930 nas terras de Guilherme
Guinle. Atualmente,
é um bairro essencialmente residencial, atravessado pela Avenida
Meriti.
Vila da Penha
O
Projeto de Arruamento e Loteamento da Vila Penha, de propriedade da
Empresa Industrial de Melhoramentos do Brasil, elaborado em 1927/1930
e alterado em 1936, consolidou a urbanização do bairro.
Vila Militar
No
início do século 20, os batalhões e regimentos da cidade se
concentravam próximos ao Centro, em São Cristóvão, no Campo de
Santana, no antigo Arsenal de Guerra (atual Museu Histórico), na
Fortaleza de São João e na Praia Vermelha. O Marechal
Hermes da Fonseca resolveu
então transferi-los para uma nova vila militar na zona suburbana,
que pudesse se interligar com as unidades de Realengo. No
governo Afonso
Pena,
as fazendas e engenhos da região entre Deodoro e os limites com a
Baixada Fluminense começaram a ser desapropriados.
Vila Isabel
Todas
as terras do bairro eram da Fazenda do Macaco, limitada pelo Rio
Joana, pelo Caminho do Cabuçu (atual Rua Barão do Bom Retiro) e
pela Serra do Engenho Novo. Dom
Pedro I a
presenteou àImperatriz
D. Amélia de Beauharnais,
Duquesa de Bragança, sendo frequentes os passeios do casal no local.
Com a volta de Dom Pedro a Portugal, a fazenda ficou abandonada,
sendo atingida pela epidemia de cólera em meados do século 19. Em
1872, o Barão
João Batista de Viana Drummond(mais
conhecido por ter inventado o jogo do bicho)
comprou a fazenda e montou a Companhia Arquitetônica de Villa
Izabel, em homenagem à Princesa
Isabel,
para a promoção de loteamento. Assim, em 1873, nascia o primeiro
bairro planejado da cidade.
Vila Valqueire
No
passado, o bairro era ocupado pelo Engenho Valqueire. A origem do
nome se deve ao proprietário das terras em meados do século 18,
Antonio Fernandes Valqueire.
A sede do engenho ainda existe, em ruínas. Sua mais antiga
construção é a Igreja São Roque, próxima à Rua Quiririm. Dizia
a lenda que o engenho tinha este nome porque era um terreno que media
5 alqueires. Como a placa fazia a indicação com algarismos romanos,
V Alqueire virou Valqueire.
Vista Alegre
O
projeto imobiliário com o nome de Jardim Vista Alegre (1954) levou à
construção de 400 casas na região. Em sua periferia existiam
chácaras com hortas, verduras, fazendolas e um grande pântano,
repleto de rãs, onde foi construído o chamado Bairrinho. Vista
Alegre é um dos menores bairros da cidade.